A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Méliuz (CASH3) saiu no piso da faixa estimada pelos coordenados da oferta. Dessa forma, cada papel da gestora de programas de fidelidade e cashback saiu por R$ 10 reais cada.
De acordo com detalhes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dados nesta terça, a operação movimentou R$ 367 milhões. Os recursos provenientes da oferta pública irão para o caixa da empresa, que os usará para ampliar marketplace, serviços financeiros e para aquisições.
Entretanto, não ficou muito claro se os fundos Monashees, Lumia Capital e Endeavor Catalyst, desistiram de vender seus papéis.
Sobre a Méliuz
A Méliuz é nada menos que a maior empresa no setor de programa de cashback do Brasil. Seu business consiste em disponibilizar cupons de desconto de lojas online e devolver ao consumir, parte do valor gasto em compras – dinheiro-. Esse processo é instantâneo e direto na conta bancário do usuário.
De acordo com os fundadores Israel Salmen e Ofli Guimarães, a ideia do negócio surgiu da insatisfação com os programas de fidelidade. Dessa forma, inovaram trazendo um retorno em dinheiro (cashback) ao invés do comum sistema de resgate de pontos.
Resultados
O prospecto preliminar da companhia mostrou uma receita líquida de R$ 56,4 milhões no primeiro semestre de 2020. Assim sendo, houve um aumento de 61,1% em relação ao mesmo período do ano passado, onde a receita líquida foi de R$ 35 milhões.
Além disso, o EBITDA da empresa totalizou R$ 19,5 milhões neste mesmo período. Um crescimento brutal de 418,7% em relação aos R$ 3,8 milhões registrados no mesmo período de 2019.
Por fim, a Méliuz reportou um lucro líquido de R$ 12,7 milhões no primeiro semestre do ano, ante o R$ 1,6 milhão do primeiro semestre de 2019. Ou seja, um crescimento percentual de R$ 693,8%.