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IPO da Track & Field sai abaixo da faixa de preço indicativa

Com data de estreia na bolsa brasileira marcada pra próxima segunda, preço da ação da Track & Field sai abaixo do mínimo previsto, a R$ 9,25.

imagem padrao gdi
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A varejista Track & Field logo mais fará seu IPO na bolsa de valores de São Paulo, entretanto, abaixo da faixa indicativa de preço.

De acordo com o prospecto da oferta pública inicial, a companhia irá oferta 49.166.00 ações. Dessa forma, a empresa pôs o preço indicativo entre R$ 10,65 e R$ 14,95, o que daria – usando a média – R$ 629 milhões. Todavia, a empresa não conseguiu alcançar o piso da faixa, tendo o preço da ação fixado a R$ 9,25.

Portando, com o novo valor, a empresa movimenta R$ 523 milhões, sendo R$ 340,6 milhões dos sócios e R$ 182,4 em novas ações. Além disso, a Track & Field informou que todas as suas ações têm direito a voto, sendo as preferenciais com direito econômico 10 vezes maior.

A companhia já havia dito que não visava o Novo Mercado, assim sendo, não entrará no mesmo. De acordo com ela, manterá 50% das ações em circulação no mercado, ao invés dos 25% regulamentares.

Por fim, vale dizer que as ações da Track & Field estreiam na bolsa brasileira na próxima segunda-feira, 26.

O modelo de negócio da Track & Field

A companhia trabalha no modelo de franquia, bem comum em lojas de varejo. Por meio desse modelo, a Track & Field chegou a 24 estados brasileiros e atingiu 69% de brand awarness (consciência de marca), segundo pesquisa interna. Graças a relação diferenciada da franqueadora com o franqueadas, a estratégia de crescimento tem sido um sucesso.

Afinal, a companhia oferece suporte durante todo o processo de construção da franqueada. Além disso, cobra os royalties apenas quando os franqueados vendem o produto ao consumidor final.

Histórico de resultados

De 2017 até 2019, a companhia reportou uma taxa de crescimento anual (CAGR) de 12,88% em sua receita líquida. Todavia, houve uma queda de 30,22% no indicador quando comparamos o primeiro semestre desse ano com o de 2019. Mas claro que isso se deu pelo grande impacto da pandemia no setor de vestuário.

Além disso, um número muito mais interessante é o lucro líquido da companhia. De 2017 a 2019 apresentou um CAGR de 29,48%, alcançando R$ 51,9 milhões em 2019. Um CAGR ainda maior, de 63,47%, é apresentado no seu fluxo de caixa livre (FC operacional + FC de investimentos).

Por fim, vale destacar um bom crescimento em seu ROE, que saiu de 33,76% em 2017 para 38,11% em 2019. Todos os dados são do prospecto da oferta pública inicial de ações da companhia.

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