Recentemente, a Rede Mater Dei de Saúde realizou a contratação de bancos para coordenar o seu processo de oferta pública inicial de ações (IPO).
Além disso, fontes não identificadas a par do assunto trouxeram informações iniciais a respeito da operação da rede de hospitais para o Brazil Journal. Acompanhe os destaques.
Informações iniciais do IPO
De acordo com o Brazil Journal, o grupo de bancos contratados pela Rede Mater Dei é formado por: Banco BTG Pactual (líder), Bradesco BBI, Itaú BBA, Safra e JP Morgan.
Nesse sentido, a expectativa da rede de hospitais é de que a precificação deva acontecer em abril. Ao mesmo tempo, os executivos da Rede Mater Dei esperam que o IPO permita levantar cerca de R$ 1,6 bilhão, assim como aumentar as alternativas de investimento no segmento hospitalar.
Conheça a Rede Mater Dei de Saúde
Em primeiro lugar, a Rede Mater Dei de Saúde iniciou seu funcionamento em 1980, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Seu fundador, o médico e empresário José Salvador, mantém forte presença na rede de hospitais, visto que seus quatro filhos e outros familiares compõem a administração do negócio. Inclusive, o seu filho mais velho, Henrique Salvador, é atualmente o CEO da Mater Dei.
Além disso, outro destaque do hospital é a sua expansão baseada na construção de hospitais próprios. A princípio, a rede conta com três hospitais localizados na Grande Belo Horizonte, que acumulam 1.080 leitos ao todo.
Ao mesmo tempo, também há um novo hospital em construção na cidade de Salvador, adicionando 367 leitos e com previsão de inauguração em 2022.
Embora a Rede Mater Dei tenha crescido sob a estratégia de construção de hospitais, no caso dos recursos vindos do IPO, o método será diferente. Com o valor levantado, a rede de hospitais pretende fazer mais aquisições para se consolidar em seu mercado.
Aliás, considerando a forte concorrência local, com dominância da Unimed-BH, a Rede Mater Dei tem alguns pontos positivos notáveis para o sucesso de seu negócio.
Um deles é a certificação de excelência operacional carimbada pela Joint Commission International (JCI) para os três hospitais. Para se ter noção, essa instituição sem fins lucrativos é a principal certificadora de hospitais no mundo e que no Brasil atestou a excelência dos hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês e alguns hospitais da Rede D’Or e da Ímpar.
Aliado a isso, a rede tem como destaque a sua gestão de custos muito bem controlada. Enquanto os 130 maiores hospitais afiliados à Associação Nacional de Hospitais Privados apresentam uma margem EBITDA média de 13%, a Mater Dei fez uma margem de 35% em 2017, 2018 e 2019.
Dados recentes
Conforme os dados obtidos, no ano de 2019, a Mater Dei teve um faturamento de R$ 780 milhões e fez R$ 270 milhões em EBITDA.
Para 2021, por sua vez, a projeção é de esses números cheguem a R$ 950 milhões e R$ 315 milhões, respectivamente, segundo as fontes do Brazil Journal.