- Os analistas do Itaú BBA elevaram a recomendação das ações da Petrobras (PETR4) de “marketperform” para “outperform”
- O analista ajustou o preço-alvo para as ações da Petrobras para R$ 48, o que representa uma valorização estimada de cerca de 30%
- A revisão na recomendação e no preço-alvo reflete, contudo, uma perspectiva positiva sobre o potencial de valorização das ações da Petrobras
- A equipe do Itaú BBA destacou que as recentes discussões com investidores locais e estrangeiros sobre governança e estratégia de alocação de capital da Petrobras ajudaram a formar essa visão otimista
- O banco acredita que, apesar de flutuações e potenciais fusões, os dividendos da Petrobras ainda superam a média internacional
Os analistas do Itaú BBA atualizaram sua recomendação para as ações da Petrobras (PETR4). Assim, passando de “marketperform” para “outperform”, indicando um desempenho superior ao do mercado. O preço-alvo para PETR4 foi ajustado para R$ 48. Dessa forma, o que representa uma valorização estimada de cerca de 30% em relação ao fechamento da última sexta-feira (13).
Além disso, Monique Martins Greco Natal e sua equipe aumentaram a projeção para os ADRs das ações preferenciais da Petrobras (PBR-A) para US$ 17,50. Contudo, um potencial de alta de 33%. No final da semana passada, os investidores negociaram os ADRs a US$ 13,20.
“No geral, acreditamos que a Petrobras oferece uma combinação de fundamentos sólidos e uma governança aprimorada, e esperamos que a empresa não mude drasticamente sua atual estratégia de alocação de capital, concentrando-se no segmento ‘upstream’ no longo prazo, ao mesmo tempo em que oferece forte distribuição de dividendos no curto prazo”, afirmaram os analistas.
A equipe do Itaú BBA destacou que as recentes discussões com investidores locais e estrangeiros sobre governança e estratégia de alocação de capital da Petrobras ajudaram a formar essa visão otimista. A análise se baseia na expectativa de que a empresa manterá uma política robusta de dividendos. E, assim, explorará novas oportunidades de investimento, incluindo reposição de reservas de petróleo, aquisição de novos navios e expansão no setor de refino.
Plano estratégico
Com a apresentação iminente do novo Plano Estratégico da Petrobras, prevista para novembro, o banco está atento às estratégias da empresa para assegurar crescimento contínuo na produção de petróleo e gás. Eles esperam ajustes anuais no plano, com ênfase na reposição das reservas de petróleo e no aproveitamento de oportunidades de investimento.
O Itaú BBA vê a ação da Petrobras sendo negociada a 3,0 vezes o valor da empresa em relação ao EBITDA e a 4,3 vezes o preço em relação ao lucro, com um dividend yield estimado de 14% para 2025.
“Este potencial pagamento de dividendos previsto para 2025 poderá, no entanto, ser afetado por variações nos preços do petróleo, por alterações no posicionamento dos preços de combustíveis da empresa, pelo ritmo de crescimento da produção de petróleo e, evidentemente, pela execução dos investimentos”, avalia o BBA.
O banco acredita que, apesar das possíveis flutuações nos investimentos de curto prazo e das potenciais fusões e aquisições, os rendimentos de dividendos ordinários da Petrobras permanecem superiores à média de seus pares internacionais.