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Itaú sugere recompor reservas internacionais com redução gradual de swaps

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Itaú propõe recomposição de reservas com redução gradual de swaps, segundo relatório.

O Itaú recomendou que o Banco Central (BC) considere retomar um programa de recomposição de reservas internacionais líquidas, desde que a conjuntura global permita. Embora o Brasil esteja próximo dos padrões ideais de reservas, o volume líquido dos contratos de swaps cambiais é menos robusto, afirmam os economistas-chefe Mario Mesquita e Julia Passabom.

Eles sugerem que a recomposição seja gradual, priorizando a redução inicial das posições de swaps cambiais. O Itaú apontou que as reservas nominais atingiram US$ 375 bilhões em 2018, enquanto o montante líquido, descontando swaps cambiais, alcançou US$ 371 bilhões em 2012. Em agosto deste ano, esses valores foram reduzidos para cerca de US$ 342 bilhões e US$ 243 bilhões, respectivamente.

Itaú defende recomposição de reservas internacionais com foco na redução gradual de swaps cambiais

O Itaú apresentou uma sugestão ao Banco Central (BC) sobre a possibilidade de retomar um programa de recomposição de reservas internacionais líquidas, desde que as condições globais permitam.

Segundo um relatório assinado pelos economistas-chefe Mario Mesquita e Julia Passabom, embora o Brasil esteja próximo dos padrões considerados ideais para reservas, a situação é menos confortável quando se observa o volume líquido dos contratos de swaps cambiais.

Os economistas recomendam que a recomposição seja realizada de forma gradual e cautelosa, com prioridade para a redução inicial das posições de swaps cambiais.

Segundo o Itaú, as reservas nominais alcançaram cerca de US$ 375 bilhões em 2018, enquanto o montante líquido, desconsiderando swaps cambiais, chegou ao pico de US$ 371 bilhões em 2012. No entanto, esses números diminuíram para aproximadamente US$ 342 bilhões e US$ 243 bilhões em agosto deste ano.

Recentemente, o diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo, mencionou que o Banco Central iniciou um ciclo de corte de juros e que a recomendação é evitar fazer muitas mudanças ao mesmo tempo. Ele também observou que a recente depreciação do real é amplamente influenciada pelo cenário internacional e destacou a redução do programa de hedge pelo Banco do México (Banxico) como um movimento monitorado pelo BC brasileiro para controlar a volatilidade da moeda mexicana.

O que é um Swap Cambial?

Um Swap Cambial, também conhecido como contrato de swap cambial, é um instrumento financeiro derivativo amplamente utilizado por bancos centrais e instituições financeiras para gerenciar o risco cambial. Ele envolve a troca (swap) de fluxos de pagamentos em diferentes moedas ao longo de um período acordado.

No contexto brasileiro, um Swap Cambial refere-se especificamente à operação realizada pelo Banco Central do Brasil (BCB) para influenciar a taxa de câmbio e fornecer liquidez ao mercado cambial. Nesse tipo de swap, o Banco Central oferece ao mercado a troca de taxas de juros em reais (taxa Selic) por variações cambiais (taxa de câmbio) no período acordado. Isso significa que, se a taxa de câmbio se valorizar em relação ao real, o Banco Central paga a diferença ao investidor; caso contrário, o investidor paga ao Banco Central.

O principal objetivo do Swap Cambial é controlar a volatilidade da taxa de câmbio e manter a estabilidade do mercado cambial. Quando o Banco Central oferece swaps cambiais, ele influencia a oferta e demanda de dólares no mercado, afetando assim a taxa de câmbio. Essa operação pode ser usada para conter a depreciação excessiva da moeda local em momentos de turbulência econômica ou para controlar a valorização excessiva da moeda local que possa prejudicar as exportações.

Em resumo, o Swap Cambial é uma ferramenta usada pelas autoridades monetárias para intervir no mercado cambial e administrar o risco cambial. É uma maneira de suavizar as flutuações bruscas da taxa de câmbio e manter a estabilidade econômica do país.