- O Conselho de Administração da Itaúsa aprovou a 7ª emissão de debêntures
- Estas, em uma única série, totalizando R$ 1,3 bilhão
- A nova emissão de debêntures terá um prazo de vencimento de 10 anos, com amortizações previstas para 2032, 2033 e 2034
O Conselho de Administração da Itaúsa (ITSA4) aprovou a 7ª emissão de debêntures. Estas, não conversíveis em ações, em uma única série, totalizando R$ 1,3 bilhão. De acordo com o comunicado oficial, os recursos obtidos com essa emissão serão destinados ao resgate antecipado facultativo da 3ª emissão de debêntures. Assim, programado para dezembro de 2024, após o término do período de lock-up da emissão anterior.
A nova emissão de debêntures terá um prazo de vencimento de 10 anos, com amortizações previstas para 2032, 2033 e 2034. Além de uma remuneração de CDI + 0,88% ao ano. A Itaúsa explicou que essa operação faz parte da sua estratégia de gestão de passivos. Assim, visando reforçar sua disciplina financeira e manter um perfil conservador.
Após a conclusão da operação, a holding pretende reduzir o custo médio da dívida e as despesas financeiras. Dessa forma, contribuindo para uma gestão financeira mais eficiente.
Itaúsa
A Itaúsa é uma holding brasileira com participação em diversos setores econômicos, incluindo finanças, energia, e consumo. Ela é uma das maiores e mais tradicionais holdings de investimentos do Brasil, conhecida principalmente por sua significativa participação no Itaú Unibanco, um dos maiores bancos da América Latina.
Além de sua atuação no setor bancário, a Itaúsa possui investimentos em outras empresas e segmentos, como:
- Energia: Através de sua participação na Energisa, uma das principais distribuidoras de energia elétrica do Brasil.
- Consumo e Bens de Consumo: Investimentos em empresas que atuam em setores como bens de consumo e saúde.
A empresa, no entanto, se destaca pela gestão conservadora e pela estratégia de longo prazo, com foco na geração de valor para seus acionistas e na manutenção de um perfil financeiro sólido e disciplinado.
Itaúsa tem lucro líquido de R$ 3,46 bilhões no 4T23
Nesta segunda-feira (18), reportou, contudo, seus resultados no 4T23, tendo um crescimento de 3% em relação a 2022.
A Itaúsa (ITSA4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 3,460 bilhões 4T23, valor 3% maior na comparação com igual período de 2022. Já o lucro líquido da holding teve uma queda de 10,3% na comparação com o 4T22, passando de R$ 3,32 bilhões para R$ 2,98 bilhões.
O endividamento líquido da empresa, ao final de 2023, apresentou, portanto, uma forte queda de 82,9%, passando de R$ 3,805 bilhões para R$ 652 milhões.
Em dezembro de 2023, a Itaúsa concluiu o processo de desinvestimento na XP Inc. e deixou de deter participação direta na companhia, por meio de vendas realizadas no quarto trimestre que totalizaram R$ 1,7 bilhão. Com isso, encerrou o ano com venda de 35,5 milhões de ações da XP Inc. por R$ 3,8 bilhões. O resultado financeiro atingiu R$ 106 milhões negativos no quarto trimestre de 2023, melhora de R$ 96 milhões frente ao mesmo intervalo de 2022, devido principalmente à redução das despesas com juros em função das liquidações antecipadas realizadas no final de 2022 (R$ 1,8 bilhão) e no segundo semestre de 2023 (R$ 2,5 bilhões), além da queda observada na taxa de juros no ano passado.
“A Itaúsa apresentou mais um ano de resultados sólidos e consistentes, além de utilizar recursos para a execução de sua estratégia de desalavancagem, com pré-pagamento de dívidas contraídas no ciclo de investimentos dos últimos anos, o que conferiu posição confortável de liquidez e alavancagem e avaliação de risco de crédito com nota máxima pelas três agências de rating”, destacou Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa.