Taxas de juros futuros sobem na B3 com a ata do Copom reafirmando preocupações sobre a inflação.
As taxas dos juros futuros fecharam em alta na B3 na terça-feira, influenciadas pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que manteve uma postura conservadora em relação à inflação.
A ata não sinalizou redução de juros e reiterou a preocupação do colegiado com a desancoragem das expectativas de inflação. As declarações da ministra Simone Tebet, de Planejamento, sobre a inflação de abril proporcionaram algum alívio temporário nas taxas, mas a alta prevaleceu.
No fechamento, os índices DI Jan24, DI Jan25, DI Jan26, DI Jan27, DI Jan29 e DI Jan31 apresentaram avanços.
Ata do Copom mantém postura conservadora e impulsiona alta dos juros futuros na B3
As taxas de juros futuros fecharam o dia em alta na B3 nesta terça-feira, em resposta à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O documento manteve uma postura conservadora, sem sinalizar uma redução dos juros, e reiterou a preocupação do colegiado com a desancoragem das expectativas de inflação.
O mercado chegou a experimentar um breve alívio nas taxas após declarações da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que sugeriu que o IPCA de abril, a ser divulgado na sexta-feira, deve vir “um pouquinho menor que as expectativas”. Entretanto, a ministra esclareceu que sua declaração se baseou no boletim Focus, o que fez os retornos voltarem a subir.
As declarações de Gabriel Galípolo, indicado à diretoria de Política Monetária do BC, em duas entrevistas na tarde de terça-feira, também contribuíram para a alta dos Depósitos Interfinanceiros (DIs). Galípolo evitou falar sobre política monetária e não defendeu a queda de juros, postura alinhada com a do Executivo.
No fechamento, o DI Jan24 subiu para 13,255%, de 13,207% na sessão anterior. O DI Jan25 avançou para 11,795% (de 11,665%); o DI Jan26 para 11,485% (de 11,389%); o DI Jan27 para 11,655% (de 11,550%); o DI Jan29 para 12,050% (de 11,951%) e o DI Jan31 para 12,350% (de 12,211%). Esses movimentos indicam uma postura mais cautelosa do mercado em relação à inflação futura.