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Leilão de Arroz: lojinha de queijo e empresário que confessou propina vencem edital

Na quinta-feira (06), o governo federal realizou um leilão para a compra de 300 mil toneladas de arroz importado e acabou sendo vencido por 04 empresas.

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O leilão realizado pelo governo federal para a compra de 300 mil toneladas de arroz importado foi vencido por 4 empresas.

Na quinta-feira (06), o governo federal realizou um leilão para a compra de 300 mil toneladas de arroz importado e acabou sendo vencido por 04 empresas.

Wisley Alves de Sousa, dono de uma singela loja de queijos no Macapá, se tornou o maior vencedor do controverso leilão do Conab para importar arroz e acabou surpreendendo o mercado. Outra empresa vencedora é de um empresário de Brasília que admitiu à Justiça ter pago propina para garantir um contrato com a Secretaria de Transportes do Distrito Federal (DF).

De acordo com informações, Wisley arrematou 06 lotes e assumiu a responsabilidade de importar 147 mil toneladas de arroz e infernizá-los até setembro. Para isso receberá R$ 736 milhões da Conab.

A terceira maior compradora foi a ASR Locação de Veículos e Máquinas, sediada em Brasília. Embora sua atividade principal seja o aluguel de máquinas e equipamentos, ela também está envolvida em várias outras atividades secundárias, incluindo construção de edifícios e rodovias, publicidade, desenvolvimento de software, serviços de escritório e limpeza, além do comércio atacadista de diversas categorias, incluindo cereais.

Além das demais empresas, também participaram do leilão do governo Lula as empresas Icefruit e Zafira:

  • Queijo Minas – importará 147,3 mil toneladas de arroz por R$ 736,3 milhões;
  • Zarifa Trending – 73.827 mil toneladas por R$ 369,1 milhões;
  • ASR – 22.500 mil toneladas por R$ 112,5 milhões;
  • Icefruit – 19.700 mil toneladas por R$ 98,7 milhões.

Lula falou em importar arroz por causa das chuvas no Rio Grande do Sul em 7 de maio.

“Agora com as chuvas, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Portanto, se for o caso, para equilibrar a produção, a gente vai ter de importar arroz, a gente vai ter de importar feijão, para que a gente coloque na mesa do brasileiro [um produto] com o preço compatível com aquilo que ele ganha”, afirmou o presidente.

Os vendedores do leilão têm até setembro para entregar os produtos, já embalados, ao governo brasileiro em 11 Estados do país.

Sobre a Queijo Minas

A empresa registrada em nome de Wisley é um estabelecimento que vende queijos na região central de Macapá-AP.

Seu único sócio é uma pessoa com o mesmo nome e seu capital social é de R$ 5 milhões. No entanto, houve uma alteração nos dados dias antes do leilão. Até 24 de maio de 2024, o capital social era de R$ 80 mil. O nome fantasia da empresa é Queijo Minas.

O e-mail registrado no sistema federal é de uma distribuidora, e a atividade principal declarada é o comércio atacadista de leite e laticínios. A empresa também atua no comércio de frutas e verduras, carnes, material de escritório, produtos de higiene e limpeza, e mercadorias alimentícias em geral.

Conab informa:

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) disse que a empresa vencedora é obrigada a entregar o produto no armazém da Conab indicado em cada um dos lotes arrematados, atendendo a todos os requisitos de documentação, embalagem, quantidade, qualidade e fitossanidade previstos tanto na legislação brasileira que rege importações quanto no edital do leilão.

A companhia disse também que as empresas vencedoras têm até 5 dias úteis para pagar a garantia de 5% sobre o valor da operação. Se a empresa não apresentar a garantia no prazo estipulado, será aplicada multa de 10% sobre o valor da operação. A negociação será cancelada. Caso a empresa pague a garantia, mas não cumpra o previsto no edital, será aplicada multa de 10% sobre o valor da operação e a empresa perde a garantia paga.

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