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Lemann e sócios podem ficar com quase 50% da Americanas

Antecipa-se que, após a conclusão da capitalização, Jorge Paulo Lemann e seus sócios aumentem consideravelmente sua participação na empresa.

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A Americanas (AMER3) está no centro de uma decisão crucial em seu “Dia D”, no qual os credores decidirão sobre o plano de recuperação judicial da varejista. Nesse contexto, a empresa apresentou detalhes cruciais sobre como planeja sanar o rombo bilionário em seu balanço.

Preço por Ação e Capitalização Bilionária: Detalhes Essenciais

O preço por ação na capitalização de R$ 24 bilhões proposta pela companhia é de R$ 1,30. Afinal, esse valor equivale a 1,33 vezes o preço médio ponderado por volume das ações na B3 nos 60 pregões anteriores à véspera da aprovação do plano de recuperação.

Do montante total destinado à Americanas, R$ 12 bilhões provirão dos acionistas de referência, destacando-se o trio de bilionários composto por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Os outros R$ 12 bilhões serão suportados pelos bancos credores, comprometidos em converter seus créditos contra a varejista em ações.

Dependência da Aprovação: Desafios e Etapas Futuras

Contudo, a efetivação desse plano de reestruturação está condicionada à aprovação do plano de recuperação judicial nesta terça-feira (19). Além disso, os acionistas da Americanas precisarão aprovar o aumento de capital em uma assembleia futura, adicionando camadas de complexidade à reconfiguração societária.

Por outro lado, a capitalização proposta resultará em uma diluição significativa para os acionistas que optarem por não participar da operação, algo já antecipado diante do déficit bilionário no balanço da varejista após a fraude.

Considerando o preço de R$ 1,30 por ação, a Americanas emitirá mais de 18 bilhões de novas ações para alcançar os R$ 24 bilhões necessários. Esse volume representa uma diluição de pouco mais de 95% em relação à base acionária atual.

Participação Ampliada de Lemann e Sócios: Projeções e Cenários Possíveis

Antecipa-se que, após a conclusão da capitalização, Jorge Paulo Lemann e seus sócios aumentem consideravelmente sua participação na empresa. Assim, em um cenário extremo, os bilionários poderão deter cerca de 49% do capital da Americanas, caso os acionistas minoritários não adiram à operação. Atualmente, a participação desses investidores de destaque é de 30,12%.

No mesmo cenário, os bancos credores poderão alcançar quase 48% da companhia. Por fim, a capitalização pode diluir a participação dos acionistas minoritários da Americanas de 69,88% para aproximadamente 3% do capital.

Novas Adesões e Apoio Credor: Sustentação Significativa ao Plano

Além das condições do aumento de capital, a Americanas anunciou novas adesões ao acordo para a aprovação do plano de recuperação judicial. Dentre os credores que se uniram à iniciativa, destacam-se o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia. Com essas adesões, a empresa já conta com apoio “significativamente superior a 60% da dívida”.

Dessa forma, é crucial lembrar que a companhia precisa obter o aval da maioria simples dos credores presentes na assembleia geral de credores (AGC) desta terça-feira. Portanto, cada credor possui direito a um voto no cômputo geral, adicionando um elemento democrático à tomada de decisões.

Americanas SA passa por reestruturação de após a Black Friday

Americanas SA (AMER3) anunciou movimentações expressivas em sua força de trabalho, envolvendo demissões, admissões e términos de contratos temporários, especialmente relacionados à Black Friday. Entre os dias 4 e 10 de dezembro, a empresa tomou decisões que impactaram 647 colaboradores, realizou 283 admissões, teve 307 términos de contratos temporários específicos para o período de promoções e registrou 228 pedidos de saída.

A fase pós-Black Friday é um momento crucial para muitos varejistas, e a Americanas SA não é exceção. A empresa, alinhada às demandas sazonais do mercado, passou por uma reestruturação que envolveu ajustes na equipe para melhor se adaptar às variações de demanda típicas dessa época do ano.

Balanço na Força de Trabalho

A notável demissão de 647 funcionários é contrabalançada pelas 283 admissões realizadas no mesmo período. Essa dinâmica sugere uma estratégia da Americanas SA de otimizar sua equipe, buscando alinhar as habilidades dos colaboradores às necessidades do momento, além de reforçar áreas que demandam um aumento de mão de obra.

Os 307 términos de contratos temporários especificamente relacionados à Black Friday indicam não apenas o término do período promocional, mas também a gestão estratégica da força de trabalho sazonal. Enquanto alguns contratos encerram-se, novas oportunidades surgem com as admissões, reafirmando a dinâmica do varejo durante esse período intenso.

Reflexo das Mudanças Internas

Os 228 pedidos de saída representam colaboradores que optaram por deixar a empresa nesse período. Essa escolha pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo a reestruturação organizacional, mudanças nas condições de trabalho ou aspirações individuais dos funcionários.

A Americanas SA, demonstra uma abordagem estratégica para garantir eficiência operacional e alinhamento com as demandas flutuantes do mercado varejista. Essas adaptações não apenas refletem uma resposta às necessidades imediatas pós-Black Friday, mas também indicam a importância da gestão ágil e eficiente para o sucesso contínuo da empresa.

Considerações sobre o Capital Humano

Dessa forma, é fundamental considerar o impacto dessas mudanças nos colaboradores, tanto os que permanecem quanto os que optaram por sair. A Americanas SA, provavelmente está atenta a manter um equilíbrio entre as necessidades operacionais e o bem-estar de seus funcionários.

Em conclusão, a Americanas SA enfrenta as dinâmicas pós-Black Friday com uma reestruturação na sua força de trabalho. As demissões, admissões, términos de contratos temporários e pedidos de saída representam uma estratégia consciente para se adaptar às variações sazonais do mercado varejista. Essa flexibilidade é crucial para garantir não apenas a eficiência operacional imediata, mas também a preparação para futuros desafios e oportunidades no cenário do comércio.

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