Arthur Lira promete que o Congresso barrará quaisquer tentativas de retrocesso nas reformas econômicas por parte do presidente Lula.
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que o Congresso vai barrar qualquer tentativa do presidente Lula de retroceder nas reformas econômicas implementadas nos últimos anos.
Durante uma conferência do Financial Times em Nova York, Lira assegurou que a maioria dos deputados é a favor de manter as reformas.
Ele também mencionou que a Casa já derrubou trechos de dois decretos assinados por Lula que alteravam o Marco do Saneamento, aprovado em 2020.
Essa é a declaração mais explícita de Lira até agora sobre a disposição do Congresso em proteger os avanços econômicos.
Lira promete proteger reformas econômicas da agenda de ‘Estado grande’ do atual governo
Em uma declaração marcante na conferência do Financial Times em Nova York, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prometeu que o Congresso bloqueará qualquer tentativa do presidente Lula de retroceder nas reformas econômicas aprovadas nos últimos anos.
Lira descreveu a casa como sendo composta por deputados “conservadores, reformistas e liberais” e expressou confiança na proteção do legado das reformas. Ele destacou que sua posição reflete a opinião da maioria dos deputados de não votar em nenhum retrocesso das reformas.
A declaração, que é a mais explícita de Lira até agora, veio em resposta à agenda de “Estado grande” do atual governo. Lira também reforçou que o Congresso não se limitará a discursos. A Câmara já derrubou trechos de dois decretos assinados por Lula, que alteravam o Marco do Saneamento, aprovado em 2020. A votação foi significativa, com 295 votos a favor e 135 contra.
O presidente da Câmara também falou sobre o novo arcabouço fiscal, que deve ser votado nos próximos meses. Ele comentou que, embora o projeto apresentado pelo governo tenha uma “espinha dorsal razoável”, será necessário revisá-lo para esclarecer as consequências de não cumprir as metas fiscais.
Lira também abordou a necessidade de melhorar a articulação com o Congresso e recomendou que o presidente Lula “descentralize” o poder, atualmente concentrado no PT, e “confie e delegue mais”.
Além disso, criticou a forma como o Governo anunciou a MP que trata da taxação de aplicações financeiras no exterior, argumentando que essa medida deveria ter sido apresentada como um projeto de lei com urgência constitucional.