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Longe de decolar? Azul (AZUL4) apresenta prejuízo de R$ 566 milhões no resultado 2T23

resultados 2t23
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A Azul (AZUL4), uma das principais companhias aéreas do Brasil, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23) na última quinta-feira (10), revelando um desempenho notável em meio aos desafios contínuos impostos pelo cenário da aviação global.

Prejuízo Líquido Ajustado Diminui

De acordo com os dados divulgados, a empresa reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 566,8 milhões no 2T23, representando uma redução de 21,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa diminuição no prejuízo demonstra os esforços da Azul em melhorar sua eficiência operacional e lidar com as circunstâncias desafiadoras do setor.

Ebitda Alcança Marca Histórica

Um dos destaques mais notáveis dos resultados foi o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que atingiu um recorde histórico para o segundo trimestre, totalizando R$ 1,2 bilhão. Esse valor representa um impressionante aumento de R$ 542,3 milhões, ou 88,2%, em comparação com o 2T22. A margem de Ebitda também subiu para 27,1%, um aumento significativo de 11,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Receita Operacional e Lucro Operacional em Ascensão

A receita operacional da Azul atingiu um marco histórico para o segundo trimestre, totalizando R$ 4,269 bilhões. Isso representou um aumento de 8,8% em relação ao 2T22, impulsionado, em parte, pelo aumento das tarifas em 6,0% no comparativo anual. O lucro operacional também teve um crescimento expressivo, alcançando R$ 591,9 milhões no trimestre, um aumento de R$ 455,5 milhões em relação ao 2T22.

Indicadores de Desempenho e Eficiência

A companhia aérea registrou um crescimento saudável em seus indicadores de tráfego de passageiros (RPK), que aumentou 10,0%, superando o crescimento de capacidade de 8,4%. Isso resultou em uma taxa de ocupação de 80%, 1,2 ponto percentual acima do mesmo período do ano anterior. Além disso, os indicadores PRASK e RASK também atingiram marcas históricas para um segundo trimestre, alcançando R$ 37,38 centavos e R$ 40,42 centavos, respectivamente.

Controle de Custos e Resultado Financeiro

A empresa conseguiu reduzir suas despesas operacionais para R$ 3,7 bilhões no 2T23, uma queda de 2,9% em relação ao mesmo período de 2022. Essa redução foi impulsionada principalmente pela diminuição de 24,5% nos preços dos combustíveis, bem como por iniciativas de redução de custos e ganhos de produtividade, mesmo com o aumento de capacidade de 8,4%.

O resultado financeiro líquido também mostrou uma melhora significativa, com um saldo negativo de R$ 94 milhões no segundo trimestre de 2023, uma redução de 96,6% em relação às perdas do mesmo período do ano anterior.

Posição Financeira e Alavancagem

A dívida líquida da companhia atingiu R$ 17,719 bilhões em 30 de junho de 2023, representando um crescimento de 3,1% em comparação com o mesmo período de 2022. No entanto, o indicador de alavancagem financeira, medido pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, mostrou uma queda de 2,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022, atingindo 4,2 vezes em junho de 2023.

A Azul continua a demonstrar resiliência e estratégia eficaz para navegar pelas complexidades do setor de aviação, buscando otimizar sua eficiência operacional e oferecer resultados sólidos, mesmo em um ambiente desafiador.

Indicadores Operacionais-Chave (2T23):

Indicador Valor Variação (%) 2T22
Prejuízo Líquido Ajustado (R$ mi) -566,8 -21,4
Ebitda (R$ mi) 1.200,0 +88,2
Margem Ebitda (%) 27,1 +11,4
Receita Operacional (R$ bi) 4,269 +8,8
Lucro Operacional (R$ mi) 591,9 +338,2
Taxa de Ocupação (%) 80,0 +1,2
PRASK (R$ centavos) 37,38 +22,6
RASK (R$ centavos) 40,42 +25,9
Despesas Operacionais (R$ bi) 3,7 -2,9
Resultado Financeiro (R$ mi) -94,0 -96,6
Dívida Líquida (R$ bi) 17,719 +3,1
Alavancagem Financeira (x) 4,2 -2,1

A Azul continua a demonstrar um desempenho sólido e estratégias bem-sucedidas em meio a um cenário desafiador. Com esforços concentrados em otimizar sua eficiência operacional e adaptar-se às condições do mercado, a empresa está posicionada para enfrentar os próximos trimestres com confiança e determinação.

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