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Lula causa pior resultado das estatais em oito anos

Estatais brasileiras registram déficit de R$ 2,3 bilhões em 2023, o mais alto desde 2015, aponta relatório do Banco Central.

Lula anunciara novos diretores do Banco Central confirma Haddad 1
Lula anunciara novos diretores do Banco Central confirma Haddad 1

Estatais brasileiras registram déficit de R$ 2,3 bilhões em 2023, o mais alto desde 2015, aponta relatório do Banco Central.

O Banco Central divulgou que as estatais brasileiras enfrentaram um déficit recorde de R$ 2,3 bilhões em 2023, marcando o pior desempenho em 8 anos. Esse rombo é o maior desde 2015, evidenciando uma tendência preocupante. O relatório revela que as estatais federais foram as principais responsáveis por essa queda, registrando um déficit de cerca de R$ 656 milhões no ano passado.

Resultado deficitário de estatais em 2023 preocupa autoridades econômicas, revela relatório do Banco Central

O Banco Central do Brasil divulgou um relatório alarmante sobre o desempenho das estatais no ano de 2023. De acordo com os dados apresentados, essas empresas enfrentaram um déficit de R$ 2,3 bilhões, representando o pior resultado em 8 anos.

Esse rombo é significativamente superior ao registrado em 2016, quando o déficit atingiu R$ 1 bilhão. Um ponto de destaque é o desempenho das estatais federais, que responderam por mais da metade do déficit do ano passado, totalizando cerca de R$ 1,3 bilhão. Esta é uma reversão drástica em relação ao superavit de R$ 4,8 bilhões em 2022. As estatais estaduais também não escaparam dessa tendência negativa, enfrentando o pior desempenho em comparação com anos anteriores.

Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, destacou que as empresas estatais, em todos os níveis de governo, precisaram de mais apoio financeiro e não conseguiram gerar receitas suficientes para sustentar suas operações. Essa situação levanta preocupações sobre a gestão e a viabilidade financeira das estatais, demandando medidas urgentes para reverter esse cenário preocupante.

Investidores estão preocupados com interferências políticas na economia

O possível envolvimento do ex-ministro Guido Mantega na direção da Vale gerou temores entre investidores estrangeiros sobre a ingerência política na economia brasileira durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa preocupação se estende para além da Vale, abrangendo empresas controladas ou com participação estatal. Os investidores receiam que a atual gestão esteja seguindo um modelo de “capitalismo de Estado” que já se mostrou problemático no passado.

Essas inquietações foram amplamente discutidas durante eventos recentes, incluindo um realizado pela Petrobras em Nova York, onde a relação entre empresas estatais e o governo foi um tema central. Investidores e analistas estrangeiros questionaram a convivência da petroleira com o governo, buscando entender a extensão da interferência estatal na empresa.

Além disso, em um debate sobre as perspectivas econômicas e políticas do Brasil, organizado pela Confederação de Comércio Brasil-Estados Unidos, a “política industrial ativista” e suas possíveis implicações inflacionárias futuras foram tópicos de preocupação.

Especialistas apontam que o presidente Lula parece empenhado em ampliar o papel do Estado na economia e adotar políticas que priorizam a intervenção estatal. No entanto, o debate sobre esse tema é amplo, com algumas vozes defendendo a importância da gestão pública em setores estratégicos.

A questão da interferência política na economia continua a gerar incertezas nos mercados financeiros e entre investidores estrangeiros, que buscam entender o equilíbrio entre o papel do Estado e a iniciativa privada na economia brasileira nos próximos anos.

Financial Times diz que o STF está desfazendo o legado da lava jato

Segundo o jornal, as medidas levantaram preocupações entre os ativistas anticorrupção, incluindo a Transparência Internacional, que derrubou o Brasil em 10 posições no seu índice anual de Percepção da Corrupção. A nação latino-americana ficou em 104º lugar entre 180 países.

Em seu relatório da semana passada, o órgão destacou as ações de Toffoli, bem como a nomeação, no ano passado, de Cristiano Zanin – advogado pessoal de Lula durante a investigação da Lava Jato – para o Supremo Tribunal Federal.

Os ativistas também criticaram a recente nomeação de Ricardo Lewandowski por Lula como ministro da Justiça. Enquanto atuava anteriormente no Supremo Tribunal, Lewandowski opôs-se firmemente à operação Lava Jato e encerrou três processos criminais enfrentados pelo líder de esquerda.

“Graças às decisões de Toffoli, o Brasil se tornou um cemitério de evidências de crimes que geraram miséria, violência e sofrimento humano em mais de uma dezena de países da América Latina e da África”, disse o grupo sem fins lucrativos. “O país está se tornando cada vez mais, aos olhos do mundo, um exemplo de corrupção e impunidade.”

O Financial Times é uma das principais organizações de notícias do mundo, reconhecida internacionalmente pela sua autoridade, integridade e precisão.

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