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Lula defende moeda própria do BRICS frente ao dólar

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O presidente Lula defendeu a ampliação do comércio nas moedas próprias dos países do BRICS e sugeriu a criação de uma moeda única do grupo durante a posse de Dilma Rousseff como presidente do Banco do BRICS.

Dilma assume presidência do Banco do BRICS com proposta de fortalecer moedas locais e expandir instituição.

Durante a cerimônia de posse de Dilma Rousseff como presidente do Banco do BRICS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ampliação do comércio utilizando as moedas próprias dos países integrantes e sugeriu a criação de uma moeda única para o grupo.

“Por que não podemos fazer o nosso comércio lastreado na nossa moeda?”, questionou Lula, que também defendeu o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) como uma alternativa ao FMI.

Lula admitiu que a transição seria difícil e que seria necessário não apressar a mudança. Ele aconselhou Dilma a aprender com a “paciência” da China e perguntou: “Por que o BRICS não pode ter uma moeda que possa financiar a relação comercial entre Brasil e China, entre o Brasil e os outros países?”.

O presidente destacou a importância do NDB na busca por um desenvolvimento sustentável e a necessidade de investimentos para os países em desenvolvimento.

Dilma Rousseff, por sua vez, defendeu o NDB como um “banco do Sul Global”, voltado não apenas para os países-membros, mas para todos os países em desenvolvimento. Ela enfatizou a necessidade de expansão e anunciou que pretende aumentar o uso das moedas locais dos integrantes também para os investimentos aprovados. “Buscaremos financiar nossos projetos em moedas locais, privilegiando os mercados domésticos”, disse Dilma.

No dia anterior à posse, o ICBC, banco chinês indicado para fazer a compensação em renminbi no mercado brasileiro, anunciou ter realizado a primeira transação na moeda chinesa, demonstrando vantagens significativas em termos de eficiência de compensação, custos de taxa de câmbio e segurança dos fluxos de fundos e informação.