- O presidente Lula destinou verbas significativas para seis cidade
- A investigação mostra que o repasse de recursos favoreceu cidades governadas pelo PT
- Ou, ainda, por aliados, incluindo Mauá, Araraquara, Diadema e Hortolândia, em São Paulo, e Cabo Frio e Belford Roxo, no Rio de Janeiro
O presidente Lula destinou verbas significativas para seis cidades, conforme revela uma reportagem de Andreza Matais e Julia Affonso (UOL). A investigação mostra que o repasse de recursos favoreceu cidades governadas pelo PT. Ou, ainda, por aliados, incluindo Mauá, Araraquara, Diadema e Hortolândia, em São Paulo, e Cabo Frio e Belford Roxo, no Rio de Janeiro.
Esses municípios, no entanto, receberam mais verba do que outras cidades de maior porte ou com menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).
O UOL apurou que o gabinete do presidente conduziu diretamente as negociações para esses repasses e utilizou recursos oriundos dos orçamentos dos ministérios da Saúde, Cidades, Educação, Trabalho e Assistência Social.
Advogados especializados em direito administrativo consultados identificaram sinais de tráfico de influência e improbidade administrativa nos repasses de verbas para as prefeituras.
Em resposta, a assessoria do Palácio do Planalto declarou que o atendimento às demandas dos prefeitos pelo presidente Lula (PT) segue “critérios objetivos” e que “os recursos são liberados pelos ministérios de forma documentada.
No entanto, a assessoria não forneceu uma resposta específica sobre se o presidente favoreceu essas cidades em particular.
Nobel da Paz afirma que Lula deveria pedir renúncia de Maduro
- Óscar Arias, ex-presidente da Costa Rica e laureado com o Nobel da Paz, criticou na sexta-feira (9) a postura de Luiz Inácio Lula da Silva
- Isto, em relação às eleições na Venezuela
- Ele sugeriu, no entanto, que o petista deveria contatar Nicolás Maduro e solicitar sua renúncia
Óscar Arias, ex-presidente da Costa Rica e laureado com o Nobel da Paz, criticou na sexta-feira (9) a postura de Luiz Inácio Lula da Silva. Isto, em relação às eleições na Venezuela. Ele sugeriu que o petista deveria contatar Nicolás Maduro e solicitar sua renúncia.
“Eu esperava que um democrata como Lula, que perdeu eleições e reconheceu suas derrotas, tivesse ligado e dito: ‘Maduro, você perdeu, reconheça a derrota e saia do poder’”, declarou Arias em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
O ex-presidente da Costa Rica afirmou estar certo de que Maduro perdeu as eleições presidenciais na Venezuela, destacando que a derrota do atual presidente é “indiscutível”.
“Foram descumpridos todos os prazos da lei venezuelana para se divulgarem as atas eleitorais. Portanto, não é suficiente os presidentes Lula, López Obrador [do México] e Gustavo Petro [da Colômbia] pedirem a Maduro que entregue as atas”, apontou Arias.
O Nobel da Paz também comentou sobre a declaração de Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais de Lula. O qual afirmou não ter “confiança” nas atas divulgadas pela oposição. Para Arias, Amorim está “equivocado” e, em sua opinião, solicitar a divulgação das atas é uma perda de tempo.
Eleição na Venezuela
O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, de 61 anos, lidera um regime autocrático que não garante liberdades fundamentais.
Ele, no entanto, mantém pessoas encarceradas por supostos “crimes políticos”.
Em 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), responsável pela supervisão das eleições na Venezuela, anunciou que Maduro recebeu 51,2% dos votos. Enquanto seu oponente, Edmundo González, de centro-direita, obteve 44,2%.
A oposição contesta esses números, afirmando que González venceu com mais de 67% dos votos. Isto, enquanto Maduro teria alcançado apenas 30%. Tanto a oposição quanto observadores internacionais criticam a falta de transparência na contagem dos votos, exigindo, dessa forma, maior clareza no processo eleitoral do país. Em 1º de agosto, os governos do Brasil, México e Colômbia emitiram um comunicado conjunto reiterando a demanda, no entanto, para que a Venezuela publique, assim, os dados das urnas de forma desagregada e permita uma verificação imparcial dos resultados.