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Lula quer BNDES financiando "poupança conjunta" da América Latina

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Lula defende a criação de uma poupança regional na América do Sul, utilizando o BNDES, e uma moeda unificada no Mercosul.

Durante a reunião de cúpula dos líderes sul-americanos no Palácio Itamaraty, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a utilização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para criar uma poupança regional destinada ao desenvolvimento econômico e social.

Lula também reiterou a ideia de criar uma moeda unificada no Mercosul, a fim de aprofundar a “identidade sul-americana” na área monetária. Ele argumentou que a integração sul-americana é vital para o fortalecimento da unidade latino-americana e caribenha.

Lula Apresenta Propostas de Integração Econômica na América do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu a utilização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para auxiliar na criação de uma poupança regional. Esta proposta foi apresentada durante a reunião de cúpula dos líderes sul-americanos realizada no Palácio Itamaraty, em Brasília.

Além da ideia da poupança regional, Lula também propôs a criação de uma moeda unificada no Mercosul. O presidente argumentou que esta medida ajudaria a aprofundar a “identidade sul-americana” na área monetária, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais.

Lula também defendeu a implementação de iniciativas de convergência regulatória, facilitando trâmites e desburocratizando procedimentos de exportação e importação de bens.

Ele reiterou que a integração sul-americana é essencial para o fortalecimento da unidade da América Latina e do Caribe, e que novas iniciativas precisam ser tomadas para aumentar a atividade da reunião de países.

O presidente lembrou que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) permitiu aos países se conhecerem melhor e consolidar laços por meio de amplo diálogo político que acomodava diferenças e permitia identificar denominadores comuns.

Segundo Lula, essa integração contribuiu para ganhos comerciais importantes, formando uma robusta área de livre-comércio, cujas cifras alcançaram valor recorde de US$ 124 bilhões em 2011.

A proposta de Lula para os líderes presentes na reunião incluiu a utilização de bancos de desenvolvimento como a CAF, o Fonplata, o Banco do Sul e o BNDES para mobilizar a poupança regional, a criação de uma unidade de referênciacomum para o comércio, a implementação de iniciativas de convergência regulatória e a ampliação dos mecanismos de cooperação de última geração que envolvem serviços, investimentos, comércio eletrônico e política de concorrência.

Além disso, ele sugeriu a atualização da carteira de projetos do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan), reforçando a multimodalidade e priorizando projetos de alto impacto.

Lula argumentou que essas medidas ajudariam a fortalecer a América do Sul, ampliando as possibilidades de afirmar, no plano internacional, uma identidade latino-americana e caribenha.

Segundo ele, a integração sul-americana depende do sentimento de pertencimento a uma mesma comunidade e de iniciativas que fortaleçam essa identidade.

As propostas de Lula representam uma visão de integração e cooperação regional mais profunda, com um foco especial na promoção do desenvolvimento econômico e social por meio da mobilização de recursos regionais. A ideia de uma poupança regional, apoiada pelo BNDES e outros bancos de desenvolvimento, poderia fornecer uma base financeira sólida para iniciativas de desenvolvimento regional.

Além disso, a proposta de uma moeda unificada no Mercosul poderia ajudar a aprofundar a integração econômica na região e reduzir a dependência de moedas extrarregionais.

No entanto, a realização dessas propostas dependerá da vontade política dos líderes sul-americanos e de uma cooperação eficaz entre os países da região. A experiência passada da Unasul mostra que a integração regional pode trazer benefícios econômicos significativos, mas também requer um diálogo político amplo e a acomodação de diferenças entre os países.