Maduro segue o exemplo de Ortega e impede candidatos opositores de concorrerem nas eleições, consolidando seu poder na Venezuela.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está seguindo o exemplo do ditador nicaraguense, Daniel Ortega, ao inabilitar candidatos da oposição e garantir sua reeleição. A ex-deputada María Corina Machado, favorita nas primárias de outubro, foi tornada inelegível por 15 anos pela Controladoria Geral da República.
Maduro busca limpar o terreno de adversários, assim como Ortega, que prendeu oponentes e concorreu praticamente sozinho nas eleições de 2021.
Outros pré-candidatos, como Henrique Capriles e Freddy Superlano, também estão inabilitados. A decisão de inabilitar opositores é comum em regimes autoritários, minando a democracia e violando os direitos dos cidadãos.
Maduro segue modelo de Ortega ao inabilitar candidatos opositores e consolidar seu poder na Venezuela
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está seguindo os passos do ditador nicaraguense Daniel Ortega ao inabilitar candidatos da oposição e garantir sua reeleição.
A decisão da Controladoria Geral da República de tornar a ex-deputada María Corina Machado inelegível por 15 anos é apenas um exemplo das ações autoritárias de Maduro para consolidar seu poder nas eleições do próximo ano.
Assim como Ortega, que prendeu todos os que o ameaçavam nas urnas e concorreu praticamente sozinho nas eleições de 2021, Maduro busca limpar o terreno de adversários. Henrique Capriles, Freddy Superlano e outros pré-candidatos também estão inabilitados, enquanto Juan Guaidó, Leopoldo López e Antonio Ledezma fugiram do país.
Essas inabilitações não são apenas medidas arbitrárias, mas representam uma violação da democracia e dos direitos dos cidadãos. Eleições livres e democráticas requerem a liberdade tanto de eleger quanto de ser eleito. No entanto, com o governo controlando as instituições na Venezuela, essas liberdades estão sendo suprimidas.
A inabilitação de candidatos opositores é uma tática comum em regimes autoritários, minando a democracia e buscando garantir a permanência no poder. Além disso, a Venezuela enfrenta desigualdade de condições nas disputas eleitorais, falta de imprensa livre e desrespeito às liberdades individuais.
Essa situação levou o Tribunal Penal Internacional a reabrir a investigação de supostos crimes contra a humanidade no país, considerando insuficientes os processos investigados pelo sistema judicial nacional. Enquanto Maduro segue o exemplo de Ortega, a Venezuela se afasta cada vez mais dos princípios democráticos e dos padrões internacionais de respeito aos direitos humanos.
Ditadura venezuelana torna líder da oposição inelegível por 15 anos; oposicionistas criticam ação antidemocrática
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, foi declarada inelegível por 15 anos pela ditadura do país. A Controladoria-Geral venezuelana alega que ela cometeu irregularidades administrativas durante seu mandato como deputada entre 2011 e 2014. No entanto, a punição foi ampliada devido ao apoio de Machado às sanções impostas pelos Estados Unidos contra o ditador Nicolás Maduro.
A medida de inelegibilidade foi divulgada pelo deputado José Brito nesta sexta-feira, 30. María Corina Machado é uma das principais lideranças da oposição e atualmente lidera as pesquisas para as primárias da oposição, que irão selecionar o candidato preferido dos venezuelanos para enfrentar Maduro nas eleições de 2024.
A decisão de tornar Machado inelegível acontece no mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil também declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. Essas ações têm gerado críticas tanto dentro quanto fora dos respectivos países, com líderes opositores e defensores da democracia condenando ações antidemocráticas por parte dos regimes venezuelano e brasileiro.
María Corina Machado reagiu à decisão em suas redes sociais, debochando do regime venezuelano e ressaltando que isso apenas demonstra que o regime já sabe que está derrotado. Ela afirmou que a oposição votará com mais força e determinação nas primárias.
Henrique Capriles, outro opositor de Maduro, saiu em defesa de Machado, chamando a ação de inconstitucional, infundada e vergonhosa. Ele destacou que essa é mais uma demonstração do rumo antidemocrático do regime de Maduro.
As ações tomadas pelos regimes venezuelano e o TSE brasileiro têm gerado preocupações sobre o respeito à democracia e aos direitos políticos nos respectivos países, levantando debates sobre a garantia da participação política e a liberdade de expressão.