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Magalu contrata auditoria externa para não dar "uma de Americanas"

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A rede varejista Magazine Luiza (MGLU3) anunciou a contratação de uma auditoria externa após receber uma denúncia anônima sobre supostas irregularidades em práticas comerciais. De acordo com uma reportagem do jornal Valor, a denúncia foi recebida por e-mail pela EY, empresa responsável pela auditoria da Magazine Luiza, na noite de 6 de março, três dias antes da divulgação do balanço financeiro de 2022.

A denúncia cita práticas de reconhecimento de bonificação que supostamente distorceriam o resultado líquido e reduziriam a dívida com fornecedores, sem citar casos específicos de indústrias e sem apresentar provas concretas até o momento. A Magazine Luiza informou que está apurando as acusações por meio do comitê de auditoria, riscos e compliance da companhia, além de ter contratado a consultoria Deloitte e escritórios de advocacia para auxiliarem na investigação.

O caso acontece em meio a acusações dos fundadores do Kabum, que questionam a forma como a Magazine Luiza comprou o negócio. A rede varejista adquiriu a Kabum, uma empresa especializada em produtos de informática, em outubro de 2020 por R$ 1 bilhão. Desde então, os fundadores do Kabum têm criticado a forma como a aquisição foi feita e chegaram a entrar na Justiça para tentar reverter a transação.

A Magazine Luiza tem apresentado resultados positivos nos últimos anos e se destacado como uma das principais empresas do setor de varejo no Brasil. A rede tem apostado em inovação e tecnologia para melhorar a experiência de compra dos clientes e expandir seus negócios. No entanto, a denúncia anônima pode prejudicar a reputação da empresa e levantar questionamentos sobre sua conduta ética no mercado.

Sobre a Magalu

A Magazine Luiza é uma empresa brasileira líder no setor de varejo, com mais de 60 anos de história e presença em todo o país. Com um modelo de negócios inovador e uma forte presença online, a Magazine Luiza tem sido reconhecida por sua capacidade de adaptação às mudanças do mercado e pela oferta de uma ampla variedade de produtos para seus clientes. No entanto, nos últimos 12 meses, a ação da empresa acumulou uma queda de 42%, pressionada pela crescente popularização de empresas chinesas de varejo, como a Shopee e Aliexpress. Essa concorrência acirrada e a entrada de novos players no mercado têm pressionado a rentabilidade do setor de varejo, tornando-o menos racional. 

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