Nesta terça-feira (7), as ações de empresas ligadas à economia doméstica e sensíveis às taxas de juros tiveram uma sessão de disparada no mercado brasileiro. Esse movimento ocorre em meio a sinais de que o Banco Central deve realizar ao menos mais dois cortes de meio ponto percentual na taxa Selic em dezembro e janeiro, conforme indicado na ata do Comitê de Política Monetária (Copom).
Um dos destaques desse movimento foi o Magazine Luiza (MGLU3), cujas ações fecharam em alta de 23,78%, a R$ 1,77. A Casas Bahia (BHIA3) também teve um desempenho significativo, avançando 11,76%, a R$ 0,57. Vale ressaltar que, apesar dessa recuperação, as ações da Casas Bahia acumulam uma queda de 76% em 2023.
O Grupo Soma (SOMA3) registrou um salto de 7,58%, a R$ 5,96, enquanto a Arezzo (ARZZ3) teve ganhos de 7,53%, a R$ 62,57. Por sua vez, as ações da Lojas Renner (LREN3) também tiveram um desempenho positivo, com alta de 4,52%, a R$ 13,18.
O mercado reagiu positivamente após a divulgação da ata do Copom, que indicou a possibilidade de novos cortes na Selic. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou essa perspectiva ao afirmar que o Copom ainda considera o ritmo de corte de juros de 0,50 ponto percentual como adequado e que tem visibilidade suficiente para prever a manutenção desse passo pelo menos nas próximas duas reuniões.
Essas ações sensíveis à economia doméstica tendem a se beneficiar de cortes nas taxas de juros, pois isso pode estimular o consumo e impulsionar a atividade econômica interna. No entanto, é importante observar que essas empresas também foram afetadas negativamente durante o ano devido à incerteza econômica e ao aumento das taxas de juros.
Embora o cenário ainda seja volátil e sujeito a mudanças, o mercado reagiu de forma otimista às perspectivas de cortes na Selic, impulsionando essas ações no pregão de hoje.
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