Estudo da CNDL e SPC Brasil revela que 4 em cada 10 adultos no Brasil estavam inadimplentes em abril.
O número de inadimplentes no Brasil atingiu um recorde histórico de 66,08 milhões de pessoas em abril de 2023, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O estudo aponta que 40,6% dos adultos brasileiros estavam com dívidas pendentes em abril. Esses dados refletem as dificuldades enfrentadas pela população brasileira em meio à crise internacional, altas taxas de juros e baixa renda, de acordo com José César da Costa, presidente da CNDL.
Crescimento da inadimplência reflete os efeitos da crise internacional e alta nos juros no Brasil
O Brasil registrou um novo recorde de inadimplência, com 66,08 milhões de pessoas com dívidas pendentes em abril deste ano. A pesquisa realizada pela CNDL e pelo SPC Brasil revelou que 4 em cada 10 adultos no país estavam inadimplentes, o que equivale a 40,6% da população adulta.
A pesquisa inclui dados de todas as capitais e cidades dos 26 estados e do Distrito Federal. O aumento de contas atrasadas em abril foi de 8,08% em relação ao mesmo período de 2022.
O presidente da CNDL, José César da Costa, destacou que esses números refletem as dificuldades enfrentadas pela população brasileira devido à crise internacional e anos de juros altos e renda baixa. Ele instou o governo a tomar medidas para aliviar a pressão sobre as contas públicas e, consequentemente, sobre o dia a dia das pessoas.
O levantamento também revelou um aumento de 0,23% na proporção de devedores de março a abril de 2023. A faixa etária com maior número de devedores foi a de 30 a 39 anos, representando 23,76% dos casos, e um total de 16,35 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesse intervalo. A inadimplência foi quase igual entre os gêneros, com 51,05% sendo mulheres e 48,95% homens.
Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil, enfatizou a necessidade de reformas estruturantes para a saúde econômica do país. Segundo ele, a harmonização das políticas monetária e fiscal, juntamente com uma boa relação dívida/PIB, poderia reduzir a incerteza, facilitar a diminuição da inflação e incentivar o pleno emprego a longo prazo.