Segundo o Mater Dei, o objetivo é reforçar a disciplina financeira da companhia, ao revisar o portfólio e fortalecer a posição de caixa.
Na quinta-feira (30), o Hospital Mater Dei anunciou que decidiu realizar a venda de sua participação de 70% no Hospital Porto Dias, em Belém-PA.
Em divulgações feita pelo próprio Mater Dei, foi informado que suas atividades junto ao complexo do Hospital Porto Dias, serão encerradas.
O preço de aquisição, a ser pago na data de fechamento da operação, será de R$400 milhões em dinheiro, R$10 milhões em dividendos a serem recebidos, acrescidos do retorno de 27.272.728 ações da própria companhia.
“Adicionalmente a esses valores relativos à venda, durante o período em que a CSN foi controlada, a companhia teve um efeito positivo de caixa de aproximadamente R$180 milhões, entre dividendos e aproveitamento fiscal pela incorporação gerado pela compra”, destacou o hospital.
De acordo com o Mater Dei, o objetivo é reforçar a disciplina financeira, ao revisar o portfólio e fortalecer a posição de caixa. A operação ainda depende de condições precedentes, incluindo aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), e a aprovação dos acionistas em assembleia.
Mater Dei (MATD3) e seu plano de expansão nacional
A Mater Dei apresentou um plano ambicioso de expansão nacional durante se roadshow. Agora, após seu IPO, a companhia vem progredindo nesse plano. Isto é, apenas 2 meses depois da abertura de capital a companhia adquiriu 70% do Grupo Porto Dias. Dessa forma, a aquisição é estratégica, pois a rede é a maior da região Norte do Brasil.
Assim sendo, a aquisição fez com que a Mater Dei desembolsasse R$ 800 milhões, além de emitir 27 milhões de ações da empresa para os controladores da Porto Dias. Contudo, a companhia não pretende ficar apenas no Pará – sede do grupo – mas sim criar um hub de saúde na região. Portanto, pretende avançar por Manaus, no Amazonas, e Porto Velho, em Rondônia.
Além disso, a Mater Dei avança para outras áreas Minas Gerais a fora. Dessa forma, constrói hoje, em Salvador, um hospital com 370 leitos ao custo de R$ 500 milhões. Esse investimento é parte capital próprio e parte financiado pelo Banco do Nordeste.
“Nós chegamos à conclusão que, se quiséssemos perenidade, seria preciso crescer ou acabaríamos absorvidos por algumas das grandes do mercado. De fato, não faltaram propostas para isso, mas escolhemos trilhar o nosso próprio caminho. A decisão foi acertada.”
disse o médico Henrique Salvador, filho do fundador da Mater Dei.