O setor de vestuário tem sido um dos mais instáveis durante a pandemia. No entanto, os infortúnios podem ser vistos como oportunidade!
Muitas empresas, não somente performam bem em momentos voláteis, mas conseguem consolidar estratégias de futuro e ampliar fatia de mercado.
Mesmo as dificuldades enfrentadas pelo setor em momento de isolamento social, é possível que algumas empresas estejam se consolidando.
Confira nossa comparação entre estas empresas em busca de elencar o melhor desempenho.
Sobre o setor de vestuário
É um setor amplo, que movimenta a econômica, variando sua participação no PIB entre 3 – 5%.
Está entre os nichos de maior crescimento no mundo. E o Brasil é um dos países que mais evoluíram a área nos últimos anos.
Da mesma forma, um fator que corrobora com os avanços do setor, é o alto nível de consumo do Brasileiro.
Inclusive, de acordo com a Abit, entre 5% a 6% do valor liberado pelo Governo Federal pode ter sido aplicada no consumo de vestuário.
No entanto, durante a pandemia, as empresas de vestuário estão tendo resultados baixos dada a diminuição brusca em vendas.
Outro fator pode ser a necessária manutenção de seus custos fixos – comumente altos neste setor, resultando em uma crescente alavancagem operacional.
Comparação por pares
Renner (LREN3):
Renner é referência no setor, com as melhores margens e modelo de negócios eficiente.
Durante a crise, mesmo sendo negativamente impactada, segue sendo destaque de produtividade e responsabilidade social.
É uma forte varejista, não trabalhando com franquias e ampliando constantemente suas unidades próprias.
Além disso, a empresa desfruta a menor queda em receita desse setor durante a pandemia.
Guararapes: (GUAR3)
É uma companhia de varejo completa. E, apesar de propósitos parecidos com os da Renner, apresenta menos proatividade em relação a seu progresso.
Acima de tudo, seus resultados são redondos e constantes. Mas devido sua baixa eficiência, peca nos custos e apresenta inadimplência acima do limiar.
Suas despesas não são absurdas, mas são constantes, e seu faturamento deixa a desejar.
Sendo assim, a diferença entre esta empresa e as demais se relaciona à problemas de eficiência.
Hering (HGTX3):
Possui lojas próprias mas também mantém um modelo franqueado, sendo sua maior fonte de receitas, as peças vendidas por lojas multimarcas.
Possui um bom caixa liquido, mas sua margem bruta é baixa – o que se justifica pelas vendas terceirizadas.
Seu balanço é redondo e estruturado, entretanto, tanta constância se torna algo indesejável ao passo em que tende à estagnação.
A empresa apresenta, dificuldade em ampliação de espaço. Isso pode ocorrer por dois motivos: o mercado está mais competitivo ou a empresa não está se reinventando.
Também vem buscando acelerar sua digitalização e marketplace, já sendo referência entre seus pares.
Grazziotin (CGRA3):
Está listada em bolsa há 41 anos, possui forte presença basicamente no RS.
Além disso, suas marcas são amplas. Trabalha com produção e venda de produtos para casa, roupas e camping. Mas possui E-commerce pouco estimulado,
Apresenta Free Float baixo nas ordinárias, abrindo pouco espaço aos sócios minoritários. E apresenta liquidez questionável.
Conclusões
Para comparar as ações acima clique aqui.
Visto posto acima, podemos perceber que o valor de ações não necessariamente acompanha o valor real das instituições.
Ou seja, nem sempre os números são reflexo da realidade, e decidir se uma empresa é boa, vai além da análise de preço dos seus papéis.
De toda forma, para melhores tomadas de decisões, o Guia do Investidor está aqui para ajudar!