Notícias

Menor valor em dois anos: por que o Dólar caiu tanto?

O Dólar está desabando, mas você sabe os motivos? Confira agora mais detalhes!

imagem padrao gdi
imagem padrao gdi

A principal moeda do mundo está perdendo seu valor de mercado nos últimos dias (para alegria de uns e tristeza de outros). A variação cambial vem afetando o valor do Dólar aqui no Brasil, e a moeda voltou ao seu menor patamar de “preço” nos últimos dois anos. Mas o que explica esta queda acentuada em um curto intervalo de tempo? Descubra agora!

O dólar caiu pela sexta vez seguida ante o real e atingiu o menor nível em dois anos nesta quarta-feira (23). A moeda americana perdeu 1,44% no dia e fechou a R$ 4,8446 para a venda, o menor valor para encerramento desde 13 de março de 2020 (R$ 4,8128). Em 2022, o dólar acumula queda de 13,11% ante a moeda brasileira, o que deixa o real com a melhor performance global acumulada até o momento.

image 155

Considerando o cenário de crise no mercado global (com o gorila no meio da sala sendo o conflito entre Rússia e Ucrânia) o esperado seria uma valorização ainda maior da moeda americana. Isto é, considerando que a terra do TIo Sam seria o “lugar mais seguro” para os investidores.

Contudo, a Guerra tem como sua contra parte direta insumos básicos: alta demanda por alimentos, energia e derivados causa uma explosão de procura das commodities. O outro lado da moeda, é que as sansões da guerra afetam o mercado global de produção e de distribuição destes insumos. Ou seja, uma “chuva de compradores” e uma escassez de produtos, o resultado é a alta destes insumos.

Petróleo, Trigo… as principais commodities explodiram em valor de mercado, estabelecendo novos recordes de preço. Se tudo é uma via de mão dupla, o movimento causou um favorecimento da balança comercial de países exportadores como o caso do nosso Brasil. A alta entrada de Dólar, favorecida pelo movimento fortalece a balança cambial em prol do real, que aumenta seu poder de compra em um mercado altamente inflacionado da moeda americana.

As respostas já estão aparecendo, com a recente alta dos juros americanos e das taxas domésticas, o que favorece ainda mais o fluxo de investidores estrangeiros.