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Mês do Consumidor: empresas migram para Mercado Livre de Energia em busca de liberdade e economia de até 35%

Já são quase 12 mil consumidores livres ou especiais no Brasil. Além da redução de custos com energia elétrica, o Mercado Livre incentiva a sustentabilidade, gerando maior credibilidade no mercado. Saiba mais.

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Todo consumidor deseja um bom custo benefício na aquisição de qualquer produto ou serviço. Não é diferente com a energia elétrica, um insumo que representa uma despesa significativa, tanto para empresas e indústrias, quanto para famílias em suas residências.

É buscando reduzir os custos com energia elétrica em suas operações, que muitas organizações vêm migrando para o Mercado Livre de Energia, um ambiente de contratação em que os consumidores negociam a compra de energia elétrica diretamente com geradoras e comercializadoras, alcançando uma economia de até 35%.

De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), cerca de 35% da energia consumida no Brasil já é negociada no Mercado Livre de Energia, que atende 85% da demanda do setor industrial. São quase 10 mil agentes livres ou especiais no país, 16% a mais do que o registrado em 2020.

Hoje, esse ambiente é restrito a consumidores com demanda contratada acima de 500 kW (aproximadamente 50 mil reais por mês), como indústrias, shoppings e outras empresas de médio e grande porte.

Porém, está em discussão uma proposta de abertura gradativa desse mercado para empresas com demandas menores e, em outras etapas, para todos os consumidores, inclusive os residenciais, até janeiro de 2026.

Com a abertura, é esperado um aumento expressivo de consumidores livres, não somente de quem vai passar a se enquadrar nos requisitos exigidos, como também de empresas que já se enquadram, mas terão um estímulo maior para a migração. Muitas empresas ainda desconhecem a dinâmica do Mercado Livre de Energia e os benefícios que teriam se operassem nesse ambiente de contratação”, avalia Braz Justi, CEO da Esfera Energia, empresa de tecnologia que atua com gestão e comercialização de energia elétrica e faz a migração de seus clientes para o Mercado Livre.

No mês do Consumidor, Justi elenca alguns benefícios do Mercado Livre de Energia. Confira:

Liberdade e redução de custos

É possível alcançar uma economia de até 35% nos custos com energia elétrica ao migrar para o Mercado Livre de Energia, um ganho e tanto para se manter mais competitivo no mercado.

Isso acontece graças à liberdade que o consumidor livre tem de negociar a compra de energia diretamente com geradoras e comercializadoras, podendo definir de forma mais estratégica e conveniente o volume de energia a ser adquirido, o prazo de fornecimento, negociando os preços com o gerador/comercializador.

Além disso, também favorece uma gestão mais eficiente desse insumo, além do benefício da previsibilidade financeira, já que o consumidor sabe o quanto gastará com energia durante a vigência do contrato — diferente do consumidor do Mercado Cativo, sujeito às alterações das bandeiras tarifárias.

A Esfera Energia, por exemplo, gerou 470 milhões de reais em economia para seus clientes em 2021, sendo que em 2020 esse total economizado havia sido de 140 milhões. Temos obtido economias até 7% maiores que a média oferecida no mercado. A redução de custos é uma garantia, logicamente que atrelada ao monitoramento do mercado e suas variáveis, cotações com diferentes agentes e inteligência de dados, para assim identificarmos os melhores momentos e condições de negociação, conforme as necessidades de cada cliente“, comenta Justi.

Contratação conforme a demanda

Uma das vantagens do Mercado Livre de Energia está em poder contratar o volume de energia de acordo com a demanda de cada consumidor. Além da flexibilidade para adequar preço, volume, prazo e forma de reajuste, é possível prever sazonalidades.

O contrato pode, por exemplo, prever adequação do fornecimento em períodos nos quais a empresa contratante demande mais energia para sua operação.

Além disso, havendo uma mudança de cenário em que sobre energia contratada, o consumidor livre pode vendê-la.

Pode-se vender a sobra no Mercado de Curto Prazo, ao preço do PLD, definido mês a mês. É importante esclarecer ainda que, no caso contrário, em que o consumidor livre consuma mais do que contratou por alguma eventualidade, ele não fica descoberto. Não há risco do consumidor livre ficar sem energia, porque toda a contabilização é feita posteriormente ao consumo. Caso o consumo mensal supere o montante contratado, o consumidor busca energia no Mercado de Curto Prazo, o que nem sempre é atrativo. Por isso a importância da inteligência de dados, para escolhas mais assertivas”, explica o CEO.

Sustentabilidade e credibilidade

Em um mercado cada vez mais exigente com o posicionamento das organizações no que se refere à sustentabilidade, ser um consumidor livre gera maior credibilidade e modernidade, já que o ambiente de contratação livre incentiva o consumo de fontes renováveis alternativas de energia, diminuindo a dependência de energias convencionais e impactos ambientais.

Em 2021, por exemplo, o Mercado Livre de Energia foi responsável por comercializar 50% da energia renovável gerada no país, segundo a Abraceel, e cerca de 30% desse consumo foi proveniente de eólicas, biomassa, energia solar e pequenas centrais hidrelétricas.

Além da enorme importância do incentivo às fontes renováveis alternativas, do ponto de vista ambiental, empresas também se tornam mais bem vistas aos olhos de investidores e possíveis clientes, quando operam no Mercado Livre de Energia. Outro ponto importante é o ESG, que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização, e tem grande destaque quando o assunto é geração de energia. Isso porque esse é um dos setores que mais impactam o meio ambiente”, finaliza o executivo.