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Metaverso: um novo mundo para a auditoria

imagem padrao gdi
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Mundo digital paralelo ao mundo físico, o Metaverso está na pauta de empresas e organizações que enxergam ali novas oportunidades para apresentar e vender seus produtos, serviços e ideias. De acordo com um estudo feito este ano pela empresa de pesquisa e consultoria de tecnologia Gartner, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, um quarto da população passará ao menos uma hora por dia no Metaverso em 2026. Assim, é possível imaginar o tamanho do mercado que surgirá nesse mundo novo.

Atento aos riscos associados a esse ambiente de interação, o Ibracon — Instituto de Auditoria Independente do Brasil entende que é papel do auditor independente participar das conversas a respeito da confiabilidade das operações, da criação de padrões de conformidade e da transparência dos riscos no Metaverso, orientando as empresas que desejam conectar-se ou que já estão ali.

E os riscos não são poucos. Líder do Comitê de Tecnologia e Inovação do Ibracon, Marcio Santos, que recentemente apresentou o podcast da entidade sobre o tema, aponta vários deles: os associados à interação em um ambiente de socialização (abusos, não inclusão social, preconceitos etc.); questão trabalhista (como fica a saúde física e mental de um funcionário que pode precisar trabalhar oito horas no Metaverso?); financeiros, rastreabilidade via blockchain; de segurança cibernética e invasão de dados.

O primeiro passo, segundo Santos, é o auditor começar a entender a infraestrutura da nova plataforma e como vai funcionar a interoperacionalidade — atualmente, há vários mundos dentro do Metaverso, que, por enquanto, são descentralizados e não conversam entre si. Também será necessário avaliar se as transações contábeis do mundo físico serão replicadas no universo digital e se tecnologias como o blockchain afetarão os modelos de rastreabilidade.

Para o Ibracon, o conhecimento dos auditores a respeito do Metaverso e sua inserção nesse universo devem aumentar ainda mais a importância da profissão e a necessidade de profissionais cada vez mais conectados e qualificados.

“É um momento relevante para a profissão, que precisa participar da construção desse novo futuro e ter voz ativa nas decisões que forem tomadas”, completou Santos.