Ao longo dos últimos meses, a Bolsa de Valores brasileira apresentou o crescimento considerável do número de investidores da categoria pessoa física.
Nos últimos 12 meses, a B3 apresentou o crescimento de 1,4 milhão para 2,5 milhões de investidores PF. E esse número tende apenas a crescer ainda mais.
Segundo especialistas do mercado, os mais novos investidores da bolsa têm atuado na compra de ações, fundos imobiliários, entre outros. Dessa forma, o crescimento acompanha um fenômeno chamado de “uma tendência global de sofisticação de investimentos” para as pessoas físicas. A tendência citada é chamada de financial deepening.
Essa demanda também implicará no aumento da busca por educação financeira, acesso a informações, além de produtos financeiros de qualidade.
Se de um lado há o aumento de investidores PF, por outro lado, há um número menor de companhias listadas na bolsa. O número foi reduzido de 393 para 391 empresas.
De qualquer forma, os resgastes de títulos públicos superaram os investimentos em até R$ 226,73 milhões no mês de julho, segundo dados extraídos do Tesouro Direto.
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Ao que parece, estabilidade, segurança, diversificação e histórico de crescimento ajudam a explicar essa atração.
Os títulos mais solicitados pelos investidores são os títulos indexados à taxa Selic que somam mais de R$ 949,79 milhões, o que representa 48,2% das vendas.
Além disso, os títulos indexados a inflação, como o Tesouro IPCA, apresentaram o total de R$ 601,32 milhões, equivalente a 30,5% do total. Por fim, os títulos prefixados totalizam o valor de R$ 418,85 milhões em vendas.
Brasil vive uma tendência de sofisticação de investimentos
Segundo dados emitidos pela Agência Brasil, no mês de julho desse ano, a base de investidores ativos no Tesouro Direto alcançou o patamar de 1.324.915 pessoas, o que representa um aumento de 26.148 investidores em apenas um mês. Ademais, o número de investidores cadastrados também atingiu um crescimento de 376.699.
Por fim, os regastes antecipados foram predominantes nos títulos indexados a taxa Selic, sobretudo no atual momento de alterações consideráveis na taxa, o que, de fato, diminui a atração neste segmento.
Portanto, o país assiste a migração dos, até então, investidores de renda fixa para o universo do mercado de ações.
