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Monitor do PIB-FGV aponta queda de 1,4% no mês de janeiro

A Fundação Getúlio Vargas apresentou seus dados mais recentes sobre o Monitor do PIB-FGV em janeiro. Confira os destaques.

imagem padrao gdi
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O Monitor do PIB-FGV aponta, na análise da série dessazonalizada, queda de 1,4% na atividade econômica no mês de janeiro, em comparação a dezembro e crescimento de 1,0% no trimestre móvel findo em janeiro, em comparação com o findo em outubro.

Na comparação interanual a economia cresceu 1,2% no mês de janeiro e 2,0% no trimestre móvel findo em janeiro.

A economia brasileira cresceu trimestralmente em média 1,1% no período de janeiro de 2019 até fevereiro de 2020 quando se inicia a pandemia. De março de 2020 em diante até janeiro de 2022 a economia cresceu em média 0,4%. Utilizando esses mesmos intervalos a agropecuária cresce, respectivamente, 0,6% e 0,7%; a indústria cai 0,7% e cresce 0,7; os serviços crescem 1,4% e 0,2%. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresce 2,3% e cai 1,0%; o consumo do governo cai 0,5% e 1,0%. Esses números traduzem bem o impacto da pandemia sobre resultados que já eram medíocres antes dela. O consumo das famílias e o consumo do governo representam 80% do PIB e foram bastante prejudicados inicialmente pela falta de vacinas e posteriormente pela falta de um programa de vacinação, como é bem ilustrado pelo fracasso dessa demanda durante a pandemia. No caso do consumo das famílias, usando a mesma métrica, o consumo de não duráveis cresceu 1,1% e 0,3%; o consumo de semiduráveis cresceu 1,5% e estagnou em seguida; o consumo de duráveis cresceu 5,1% e caiu 0,1%; e o consumo de serviços cresceu 2,6% e 0,8%. Esses consumos, como fica claro, notadamente o consumo de serviços que representa 52% do consumo das famílias, dependem da interação social que foi prejudicada pela falta de vacinação.”, segundo Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

Análise desagregada dos componentes da demanda

A análise gráfica desagregada dos componentes da demanda foi realizada na série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.

Consumo das famílias

O consumo das famílias cresceu 1,9% no trimestre móvel findo em janeiro em comparação ao mesmo período do ano passado. Pelo quarto mês consecutivo o componente de serviços foi o único a apresentar taxas positivas. Na série com ajuste sazonal o consumo das famílias apresentou retração de 1,3% em comparação ao trimestre anterior.

Formação bruta de capital fixo

A FBCF cresceu 1,3% no trimestre móvel findo em janeiro em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. Vale salientar que essa atividade continua crescendo a taxas decrescentes desde junho de 2021.

Conforme apontado no Gráfico 3, pelo segundo mês consecutivo o componente de máquinas e equipamentos é o único a apresentar retração (-8,7%).

Exportação

A exportação apresentou crescimento de 5,6% no trimestre móvel findo em janeiro em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os principais responsáveis por esse crescimento são os componentes de serviços e produtos agropecuários que apresentaram elevadas taxas positivas, de 15% e 28,6%, respectivamente.

Por outro lado, na análise da série dessazonalizada a exportação apresentou retração de 0,6 no trimestre móvel findo em janeiro em comparação ao findo em outubro.

Monitor do PIB-FGV em valores

Em termos monetários, estima-se que o PIB em janeiro de 2022, em valores correntes, foi de 769 bilhões e 384 milhões de reais.

Taxa de Investimento

O Gráfico 6 destaca em duas linhas as médias das taxas de investimento: a laranja (em cima) mostra a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2000 (18,0%); a cinza (em baixo), a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2015 (16,3%).

Observa-se que a taxa de investimento em janeiro de 2022 foi de 18,8%, na série a valores correntes. Este resultado apresenta uma taxa de investimento acima da taxa de investimento média mensal considerando o período desde 2000 e acima da taxa de investimento média considerando o período desde janeiro de 2015.