A Movida (MOVI3) informou que o seu conselho de administração aprovou o pagamento de proventos aos seus acionistas. Isto é, a empresa irá pagar R$ 54 milhões em juros sobre capital próprio. Ou seja, isso é o equivalente a R$ 0,1494 por ação ordinária em valores brutos.
Desse modo, o valor está sujeito à retenção de imposto de renda na fonte e poderá sofrer ajuste em razão do Programa de Ações Restritas e Matching da companhia.
Assim sendo, o pagamento deve ocorrer 5 de julho (após aprovação pela AGO que vai examinar os resultados de 2021) para acionistas posicionados em 30 de março. A partir do dia 31, os papéis serão negociados sem direito ao provento.
Segundo comunicado, os proventos serão imputados aos dividendos obrigatórios relativos ao exercício de 2022.
A nova era ESG da Movida
No ano passado, a locadora de carros Movida emitiu um Sustainability Linked Bond que totalizou US$ 800 milhões. A meta é clara: reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 30% até 2030. Entre algumas das medidas para atingir esse patamar, a companhia se comprometeu a fazer com que 20% do total de sua frota seja de veículos elétricos ou híbridos até lá.
Para tal, a Movida já está abrindo seus cofres. A Movida acaba de comprar 130 furgões elétricos para a sua frota. São modelos como Renault Kangoo, Citroen ë-Jumpy e Peugeot e-Expert. A companhia não revela o investimento, mas estima-se que tenha desembolsado R$ 30 milhões neste negócio.
“Estamos lançando o cargo elétrico”, diz Renato Franklin, CEO da Movida.
Esses 130 veículos são os primeiros. Em breve, outros serão encomendados. Além de focar nas metas ESG, a companhia vai atender a uma demanda de grandes varejistas e de motoristas autônomos que alugam esse tipo de furgão.
Ademais, as varejistas precisam buscar opções menos poluentes e mais baratas diante da explosão dos preços dos combustíveis. E motoristas que alugam o carro para trabalhar fazendo entrega contam a economia na ponta do lápis.
“A procura por veículos elétricos aumentou muito depois do aumento no preço dos combustíveis”, diz Franklin.
Contudo, esse fator é decisivo na escolha. Apesar de a infraestrutura de abastecimento de veículos elétricos estar longe de ser ideal, em grandes cidades como São Paulo, um veículo com autonomia de 300 km consegue fazer os trajetos para entregas de curtas distâncias tranquilamente sem o temor de ficar parado na rua por falta de carregamento.