Durante o empate entre Elon Musk, ex-dono do Twitter, e o ministro do STF Alexandre de Moraes, as críticas ao STF predominaram.
Segundo pesquisa da Quaest divulgada hoje (10), 68% das menções nas redes foram críticas ao Supremo, enquanto 32% foram direcionadas a Musk. A média diária de menções foi de 865 mil, com um alcance total de 72 milhões.
As críticas a Moraes e ao STF predominaram fora do X, representando 63% das menções, enquanto as críticas a Musk totalizaram 37%. De acordo com a análise da Quaest, o principal argumento dos apoiadores de Musk é a defesa da liberdade de expressão e o combate à censura.
Os críticos de Musk denunciam sua “interferência na soberania brasileira” e afirmam ser uma estratégia da extrema direita para facilitar a propagação de fake news.
Entendendo melhor a disputa
Nos últimos dias, Elon Musk fez uma série de postagens contra Alexandre de Moraes, cujas medidas podem resultar na proibição do X no Brasil.
Ele pede a renúncia ou impeachment do magistrado, alegando que suas exigências para a plataforma violam a legislação brasileira.
Esta decisão pode beneficiar uma série de influenciadores e expoentes do bolsonarismo que estão com seus perfis suspensos. Musk alega que as “multas pesadas” aplicadas pelo ministro estão causando perda de receitas à rede social no Brasil, ameaçando fechar o escritório do X no país.
Elon Musk, dono do X, SpaceX e Tesla, criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em sua conta no antigo Twitter (X). E passou a criticar também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em mensagens postadas na noite de segunda-feira (8), Musk aumentou suas críticas, chamando Moraes de “ditador“.“Como Alexandre de Moraes se tornou o ditador do Brasil? Ele tem Lula na ‘coleira’ “, insinuou o dono do X, sugerindo uma possível conspiração entre o ministro do Supremo e o presidente da República.
Alexandre, contudo, é relator no STF do inquérito sobre disseminação de fake news e ataques à democracia, resultando na suspensão de contas no X. Musk e outros aliados criticam o que chamam de “censura prévia”.Barroso, portanto, presidente do STF, apoia Moraes, destacando que todas as empresas no Brasil devem cumprir as leis nacionais.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a regulamentação das redes sociais é inevitável. Ele, contudo, defendeu a criação de leis eficazes para disciplinar o uso dessas plataformas no país. No ano passado, o Senado aprovou um projeto de lei com esse objetivo, que agora aguarda análise pela Câmara dos Deputados.