O Itaú BBA iniciou a cobertura da NVIDIA, gigante da tecnologia, com uma recomendação de compra, apesar da recente alta significativa no preço das ações. Em um relatório intitulado “The Mother of Disruptive Innovation at the Beginning of a Historic Cycle”, o banco classificou a ação como outperform (desempenho acima da média do mercado) e estabeleceu um preço-alvo de US$ 500 para o final de 2024, enquanto a ação atualmente é negociada a US$ 400.
O analista Thiago Kapulskis, do Itaú BBA, lamenta não ter adquirido mais ações da NVIDIA antes da recente escalada nos preços. Ele começou a montar posição quando os preços já haviam ultrapassado US$ 180, com a intenção de construir uma posição a um preço médio de US$ 120. No entanto, o preço das ações nunca caiu o suficiente.
O relatório do Itaú BBA detalha as operações da NVIDIA, discute o potencial de suas diversas frentes de negócios e conclui que a recente valorização não é uma bolha. A empresa, que detém de 70% a 80% do mercado de GPUs, é vista como uma das empresas com maior potencial para capturar o valor da “mãe da inovação disruptiva”.
Apesar de muitos investidores considerarem o atual valuation da NVIDIA, negociando a 46x lucro, como absurdo, o banco acredita que estamos nos primeiros estágios de um ciclo que será ainda mais forte. Com a ascensão dos GPUs da NVIDIA e o declínio dos processadores do tipo CPU, a demanda por capacidade de computação deve aumentar, impulsionada pelos modelos de linguagem de grande escala (LLMs) e a IA generativa.
O banco estima que haverá novas revisões para cima dos lucros da NVIDIA, o que poderia reduzir ainda mais os múltiplos implícitos no preço das ações. “Tech é momento, e não queremos perder a oportunidade de participar da evolução desse ciclo, mesmo com a atual valuation elevada”, concluem os estrategistas do Itaú BBA.
Ouro? Petróleo? Nada disso: impulsionado pela IA, NVIDIA é o mais novo “trilionário” de Wall Street
Os tradicionais polos de riqueza estão perdendo espaço para um novo mercado: tecnologia. O mercado de ações tem vivenciado um rali impulsionado pela tecnologia, que, apesar de alvo de críticas devido à sua base considerada frágil, tem gerado uma euforia crescente em torno da Inteligência Artificial (IA). Poucas ações têm sustentado tanto a composição de índices como o S&P 500 e o Nasdaq 100, que têm trilhões de dólares investidos passivamente.
Nesse cenário, a Nvidia se destaca. Com um ganho de cerca de US$ 190 bilhões em valor de mercado, a empresa tem impulsionado o Nasdaq 100, que sobe há cinco semanas consecutivas. As sete maiores ações de tecnologia, incluindo Microsoft, Alphabet, Amazon, Meta e Tesla, adicionaram um valor combinado de US$ 454 bilhões em cinco dias.
Essa concentração tem gerado debates sobre o futuro do mercado quando a animação em torno da IA diminuir. Alguns especialistas veem a situação como repleta de riscos, enquanto outros acreditam que é apenas uma forma de os investidores serem seletivos.
Apesar das preocupações, a ascensão das ações do setor de tecnologia tem sido impulsionada por uma série de fatores favoráveis, incluindo o otimismo com a IA, lucros melhores do que o esperado e uma fuga para ativos seguros. No entanto, a ansiedade em relação à ascensão das ações do setor de tecnologia reflete o pessimismo predominante entre os investidores que continuam procurando motivos para desconfiar da alta das ações.
A ação da Nvidia (NVDA) avançou 3,69% (US$ 403.55) no pré-mercado de Nova York, impulsionando as altas firmes do Nasdaq (+1,11%) e do S&P 500 (+0,56%). O CEO Jensen Huang apresentou ontem uma série de novos produtos com base em inteligência artificial, incluindo serviços de publicidade e networking.
A empresa está a caminho de se tornar a primeira fabricante de semicondutores com valor de mercado de US$ 1 trilhão, segundo a Bloomberg. Isso colocaria a Nvidia ao lado de gigantes como Apple, Alphabet, Amazon e Microsoft, tornando-a a quinta empresa nos Estados Unidos a atingir essa capitalização.
Essa evolução da Nvidia evidencia o potencial da IA e a importância de empresas de tecnologia no mercado de ações. Apesar das incertezas e dos debates, a tendência é que a IA continue a impulsionar o mercado e a gerar oportunidades para empresas e investidores.
NVIDIA surfa na “onda da IA” e lança novos produtos
Após adicionar US$ 184 bilhões ao seu valor de mercado, chegando próximo à marca de US$ 1 trilhão e se tornando a fabricante de chips mais valiosa do mundo, a Nvidia (NVDA) demonstrou que ainda tem muito a oferecer para capitalizar a crescente demanda por inteligência artificial (IA). Em uma apresentação de duas horas em Taiwan, o CEO da empresa, Jensen Huang, revelou uma nova gama de produtos e serviços relacionados à IA.
A extensa linha de produtos inclui um novo sistema de robótica, recursos de jogos, serviços de publicidade e uma tecnologia de rede. Um dos principais lançamentos foi a plataforma de supercomputador de IA chamada DGX GH200, projetada para auxiliar empresas de tecnologia na criação de sucessores para o ChatGPT. Microsoft (MSFT), Meta Platforms (META) e Google, da Alphabet (GOOGL), são esperados entre os primeiros usuários.
A série de anúncios destaca a transformação da Nvidia de uma fabricante de chips de computação gráfica para uma empresa no centro do boom da IA. Os investidores parecem concordar com a estratégia de negócios: as ações da empresa dispararam quase 170% somente neste ano.
Na semana passada, Huang apresentou uma previsão de vendas impressionante para o trimestre atual, quase US$ 4 bilhões acima das estimativas dos analistas, impulsionada pela demanda por chips de data center que lidam com tarefas de IA. Isso fez com que as ações atingissem um recorde de alta e colocou a Nvidia à beira de uma avaliação de US$ 1 trilhão – a primeira para a indústria de chips.
Huang argumentou que a arquitetura tradicional do setor de tecnologia não está mais evoluindo rapidamente o suficiente para acompanhar as complexas tarefas de computação. Para aproveitar todo o potencial da IA, os clientes estão recorrendo cada vez mais à computação acelerada e às unidades de processamento gráfico, ou GPUs, como as fabricadas pela Nvidia.
Huang também demonstrou os recursos revolucionários da IA generativa para receber informações na forma de palavras e, em seguida, criar outras mídias. Em um caso, ele pediu uma música que combinasse com o clima do início da manhã. Em outro, ele apresentou um punhado de letras e, em seguida, usou a IA para transformar a ideia em uma música pop animada. “Todo mundo é um criador agora”, disse ele.
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