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"Não é minha prioridade", afirma Bolsonaro sobre retorno à Presidência

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Bolsonaro, atualmente inelegível pelo TSE, declara que voltar à Presidência não é sua prioridade, apesar de sua marcante gestão.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra inelegível até 2030 após condenação pelo TSE por abuso de poder político, afirmou que não tem como prioridade retornar à Presidência. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Bolsonaro destacou que, embora não pense em um retorno, sua gestão deixou marcas significativas no Brasil.

Ele reconheceu que, caso houvesse um eventual retorno, teria uma condução mais madura, aprendendo com as inexperiências de seu início de mandato em 2019. A defesa de Bolsonaro recorreu contra a decisão do TSE que o tornou inelegível por 8 anos.

Ex-presidente reflete sobre sua gestão e possibilidade de retorno ao poder

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, fez declarações recentes sobre sua perspectiva de retorno ao cargo máximo do país. Atualmente inelegível até 2030 devido a uma condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político, Bolsonaro expressou que não vê o retorno à Presidência como uma prioridade em sua vida.

Durante uma entrevista concedida à Folha de S.Paulo, o ex-presidente refletiu sobre sua gestão, afirmando: “O nosso governo, queiram ou não os críticos, marcou a população brasileira”. Ele também mencionou que, apesar de não pensar em um retorno imediato, sua administração plantou “sementes pelo Brasil”.

Bolsonaro também abordou a questão de sua inexperiência no início de seu mandato em 2019, sugerindo que, se houvesse uma oportunidade de retorno, ele saberia como se conduzir de maneira mais eficaz.

A inelegibilidade de Bolsonaro foi resultado de sua condenação pelo TSE por abuso de poder político em uma reunião com embaixadores, onde criticou o sistema de urnas eletrônicas. Em resposta a essa decisão, a defesa do ex-presidente apresentou um recurso ao próprio TSE.

Além disso, Bolsonaro comentou sobre Valdemar Costa Neto, presidente do PL, descrevendo-o como uma “excelente pessoa”. Ele também refletiu sobre as decisões judiciais desfavoráveis que recebeu desde que deixou a Presidência, interpretando-as como tentativas de diminuir sua influência política. Em suas palavras, Bolsonaro sente que ainda representa algo significativo para o Brasil, o que justifica a pressão que enfrenta.

Inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 abre espaço para disputa interna entre nomes da direita bolsonarista para as eleições de 2026

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar Jair Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder político trouxe à tona uma disputa interna entre os nomes da direita bolsonarista para as eleições presidenciais de 2026. Com Bolsonaro impedido de concorrer, novos líderes precisam surgir para representar o movimento e disputar o protagonismo político.

Entre os possíveis sucessores do ex-presidente, destacam-se Michelle Bolsonaro, esposa de Jair Bolsonaro, que teve participação ativa na campanha de reeleição do marido e desperta interesse do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para que ela se candidate à Presidência eventualmente. Além disso, Michelle é presidente do PL Mulher, uma ala da sigla voltada ao público feminino.

Outro nome que vem sendo mencionado é o de Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo pelo Republicanos e ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro. Tarcísio tem sido evasivo ao ser questionado sobre uma possível candidatura à Presidência, o que é visto por aliados como uma estratégia para evitar ser considerado oportunista.

Romeu Zema, governador de Minas Gerais pelo Novo, também é apontado como uma aposta para liderar a direita bolsonarista. Desde que se aproximou de Bolsonaro nas eleições de 2022, Zema tem investido em um discurso antipetista e em pautas consideradas ideológicas.

Rogério Marinho, ex-ministro do Desenvolvimento Regional e atual senador, tem se destacado como líder da oposição ao governo Lula no Senado e é visto como uma figura capaz de suceder Bolsonaro. Com um perfil alinhado à direita e crítico ao PT, Marinho tem sustentado as bandeiras do bolsonarismo no Congresso.

Os filhos de Bolsonaro, Flávio e Eduardo, também são considerados como possíveis sucessores do pai. No entanto, o próprio ex-presidente tem expressado preocupação com a exposição e os possíveis ataques políticos que a sua família poderia enfrentar caso se candidatassem a cargos no Executivo.

A disputa pelo protagonismo da direita bolsonarista nas eleições de 2026 promete ser acirrada, com diferentes nomes buscando consolidar seu espaço e liderança no movimento. A inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 abriu um vácuo político que será preenchido por novas lideranças que tentarão manter vivo o legado do bolsonarismo.