Notícias

Nas eleições, as grandes mineradoras estão torcendo por Bolsonaro: Entenda o por que

imagem padrao gdi
imagem padrao gdi

Após o anúncio da diretriz da campanha do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e líder das pesquisas para o cargo mais importante do país, gestores das grandes mineradoras deve estar se transformando em verdadeiros “cabos eleitorais” de Bolsonaro, o segundo colocado das pesquisas.

A diretriz de um possível terceiro mandato de Lula, prevê a cobrança de uma taxa adicional de mineradoras que atuam em áreas de maior rentabilidade, o que seria uma oportunidade para o Estado arrecadar mais com um setor que, a título de royalties, paga menos no Brasil do que em países como a Austrália.

Caso Lula eventualmente ganhe as eleições e decida seguir sugestões de especialistas em mineração do PT, o valor adicional aos royalties já pagos pelas companhias poderia ser cobrado na mineração de áreas como Carajás, no Pará.

Isso potencialmente afetaria lucros da Vale (VALE3), que extrai de Carajás um dos minérios com maior teor de ferro do mundo e geralmente consegue um prêmio ante o valor de mercado da commodity.

A implantação de tal cobrança, que enfrenta forte oposição da indústria de mineração, chegou a ser discutida em uma reforma do setor que tramitou no Congresso Nacional ainda no governo petista de Dilma Rousseff.

Mas ela poderia comprometer investimentos de mineradoras e favorecer os principais concorrentes do Brasil, como Austrália e Canadá, avaliam representantes do setor e especialistas ouvidos pela Reuters.

A ideia, que ainda está em estudo pelo PT, sem uma decisão fechada, seria implementar uma “participação especial” –além da atual CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), também chamada de royalty– sobre minerais de maior valor, seja por características próprias ou por demanda de mercado, segundo o geólogo Claudio Scliar, um dos membros do Setorial Nacional de Energia e Recursos Minerais do PT, que elaborou o documento.

Sair da versão mobile