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Nova Americanas? Via (VIIA3) apresenta prejuízo de R$ 163 milhões no resultado 4T22

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Via (ex-Via Varejo) registrou um prejuízo líquido de R$ 163 milhões no quarto trimestre de 2022, menor do que o esperado pelo consenso Refinitiv, que era de R$ 212,5 milhões. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a empresa teve um lucro de R$ 29 milhões, o prejuízo é significativo.

Apesar disso, a varejista teve uma receita líquida de R$ 8,84 bilhões, acima do consenso de R$ 8,5 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 542 milhões, abaixo da média projetada pelo mercado de R$ 593 milhões.

O prejuízo da Via se deu principalmente por um maior gasto financeiro, com um déficit financeiro de R$ 641 milhões, devido aos maiores gastos com dívidas em meio a uma maior taxa de juros. No lado operacional, a receita bruta da Via subiu 9% na base anual, para R$ 10,4 bilhões, com destaque para o aumento no volume total de vendas bruto de lojas físicas, que cresceu 16%, e da receita bruta de lojas físicas, que aumentou 18,2%.

No online, o GMV do e-commerce próprio da varejista caiu 6%, para R$ 4 bilhões, enquanto o do marketplace ficou estável em R$ 1,7 bilhão.

A margem bruta da Via subiu 2,2 pontos percentuais na base anual, para 31,3%, com uma “maior penetração de serviços”. No entanto, o aumento das despesas com vendas, gerais e administrativas, que cresceram 23,4% no ano, chegando a R$ 2,2 bilhões, pesou no resultado.

A Via terminou 2022 com um caixa líquido de R$ 2 bilhões e gerou R$ 3,4 bilhões em caixa operacional no quarto trimestre. Houve geração de capital de giro de R$ 1,2 bilhão, principalmente devido à redução de estoques. Os gastos com demandas judiciais trabalhistas totalizaram R$ 273 milhões, enquanto a monetização de créditos tributários somou R$ 1,1 bilhão e a renovação da parceria de cartões com o Bradesco, R$ 1,75 bilhão.

A Via destaca que, se não considerado o impacto não recorrente dos processos trabalhistas causados pela reestruturação da companhia, o Ebitda ajustado teria sido de R$ 629 milhões, alta de 1,9% no ano. Mesmo assim, a margem Ebitda teria recuado de 7,9% para 7,1%. A empresa menciona que houve uma redução de 8,9% nos gastos com vendas, gerais e administrativas neste ano.

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