Nvidia projeta lançamento de novo Chip para seguir na dianteira do mercado de IA

A Nvidia revelou hoje o lançamento de um novo processador voltado para a inteligência artificial, projetado para aumentar a capacidade e velocidade de processamento do chip, com o objetivo de solidificar ainda mais a liderança da empresa no mercado de IA. Batizado de Grace Hopper Superchip, esse processador combina um chip gráfico com um processador convencional e será impulsionado por um novo tipo de memória, conforme anunciado durante a conferência Siggraph, realizada em Los Angeles.

A inovação que acompanha o Grace Hopper Superchip é a memória de alta largura de banda 3, também conhecida como HBM3e, que tem a impressionante capacidade de acessar informações a uma velocidade de 5 terabytes por segundo. Esse avanço na capacidade de memória permitirá um processamento mais rápido e eficiente de tarefas complexas de inteligência artificial, como análises de dados, aprendizado de máquina e outras aplicações intensivas em computação.

O Superchip, com a denominação GH200, está programado para entrar em produção no segundo trimestre de 2024. Ele faz parte de uma nova linha de produtos de hardware e software que foi anunciada no evento e representa um passo significativo no desenvolvimento contínuo da Nvidia no campo da IA.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, destacou a importância do Grace Hopper Superchip e das inovações associadas a ele. A combinação de tecnologias avançadas de processamento e memória tem o potencial de acelerar ainda mais o progresso da inteligência artificial, permitindo que empresas e pesquisadores alcancem resultados mais rápidos e precisos em suas aplicações.

A capacidade de processamento aprimorada do Grace Hopper Superchip pode ter implicações em várias áreas, incluindo pesquisa científica, análise de dados em larga escala, desenvolvimento de novos produtos e serviços baseados em IA e muito mais. A Nvidia já é conhecida por suas soluções de hardware que impulsionam avanços significativos na área de inteligência artificial, e o lançamento do GH200 reforça ainda mais sua posição como líder nesse campo.

À medida que a inteligência artificial continua a desempenhar um papel cada vez mais importante em diversas indústrias, o desenvolvimento de hardware de ponta, como o Grace Hopper Superchip, é essencial para possibilitar avanços contínuos e impulsionar a inovação. Com a promessa de maior capacidade e velocidade de processamento, esse novo processador da Nvidia representa mais um passo em direção a um futuro repleto de possibilidades para a IA.

O Itaú BBA iniciou a cobertura da NVIDIA, gigante da tecnologia, com uma recomendação de compra, apesar da recente alta significativa no preço das ações. Em um relatório intitulado “The Mother of Disruptive Innovation at the Beginning of a Historic Cycle”, o banco classificou a ação como outperform (desempenho acima da média do mercado) e estabeleceu um preço-alvo de US$ 500 para o final de 2024, enquanto a ação atualmente é negociada a US$ 400.

O analista Thiago Kapulskis, do Itaú BBA, lamenta não ter adquirido mais ações da NVIDIA antes da recente escalada nos preços. Ele começou a montar posição quando os preços já haviam ultrapassado US$ 180, com a intenção de construir uma posição a um preço médio de US$ 120. No entanto, o preço das ações nunca caiu o suficiente.

O relatório do Itaú BBA detalha as operações da NVIDIA, discute o potencial de suas diversas frentes de negócios e conclui que a recente valorização não é uma bolha. A empresa, que detém de 70% a 80% do mercado de GPUs, é vista como uma das empresas com maior potencial para capturar o valor da “mãe da inovação disruptiva”.

Apesar de muitos investidores considerarem o atual valuation da NVIDIA, negociando a 46x lucro, como absurdo, o banco acredita que estamos nos primeiros estágios de um ciclo que será ainda mais forte. Com a ascensão dos GPUs da NVIDIA e o declínio dos processadores do tipo CPU, a demanda por capacidade de computação deve aumentar, impulsionada pelos modelos de linguagem de grande escala (LLMs) e a IA generativa.

O banco estima que haverá novas revisões para cima dos lucros da NVIDIA, o que poderia reduzir ainda mais os múltiplos implícitos no preço das ações. “Tech é momento, e não queremos perder a oportunidade de participar da evolução desse ciclo, mesmo com a atual valuation elevada”, concluem os estrategistas do Itaú BBA.

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