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O cliente no centro de tudo! Vem aí a segunda fase do Open Banking

Assim como qualquer novidade, a falta de detalhamento sobre os processos e o que de fato muda na vida dos clientes com o Open Banking tem gerado dúvidas e até mesmo insegurança.

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A segunda fase do Open Banking está prevista para 15 de julho de 2021 e é a partir deste momento que as instituições participantes poderão solicitar aos clientes autorização no compartilhamento de informações cadastrais e transacionais de contas de depósito à vista, poupança, pagamentos pré-pagos, cartão de crédito e outras operações de crédito.

O Open Banking

Assim como qualquer novidade, a falta de detalhamento sobre os processos e o que de fato muda na vida dos clientes com o Open Banking tem gerado dúvidas e até mesmo insegurança. Por isso, é importante ressaltar que o compartilhamento de dados é algo que só deve ser autorizado pelos clientes e mais ninguém.

Thiago Alvarez, fundador e CEO do Guiabolso – plataforma que ajuda empresas a entrarem no Open Banking para facilitar e melhorar a vida financeira das pessoas com gestão, produtos e pagamentos –, explica que nessa segunda fase o cliente é o pilar principal. Segundo o executivo, o consentimento do compartilhamento tem prazo de validade limitado a 12 meses. Durante esse processo, todas as informações são compartilhadas em ambiente digital e seguro, apenas com a identificação do consumidor.

O compartilhamento deve ser feito no canal eletrônico da instituição que o cliente deseja autorizar as informações e deve ser autenticado. Ao fazer isso, ele é redirecionado para a instituição financeira ou de pagamento para confirmar a autorização dos dados. Antes de confirmar, o cliente ainda poderá revisar as informações que irá compartilhar para evitar eventuais erros.

“O Banco Central tem sido minucioso nas instruções para essa segunda fase. É fundamental que a população saiba que todo o processo de compartilhamento de dados só deve ocorrer exclusivamente nos canais eletrônicos das instituições que aderiram ao Open Banking”, enfatiza Alvarez.

Não existe custo para esse compartilhamento. É um serviço 100% gratuito que pode ser cancelado facilmente mediante a vontade do cliente. Basta acessar os canais digitais como mobile ou internet banking das instituições autorizadas e solicitá-lo.

“A maior e mais importante informação que a população deve ter em mente é que ao menor sinal que cause estranhamento, o cliente deve entrar em contato via canais de comunicação da instituição que realizou a abordagem e esclarecer melhor os pontos que ficaram com dúvidas”, explica.

O Open Banking também beneficiará aqueles que não são correntistas de bancos, mas que possuem outros tipos de produtos em instituições reguladas pelo Banco Central, como seguro, financiamento, entre outros. Isso ocorre, pois estes também poderão compartilhar dados para no futuro também receberem ofertas mais personalizadas e assertivas.

Mudanças do Open Banking:

Com tantas dúvidas originadas sobre a importância do compartilhamento de dados nessa segunda fase, Thiago Alvarez listou três mudanças ocasionadas no dia a dia dos brasileiros a partir desse compartilhamento.

1- Mais facilidade no atendimento ao cliente que seja correntista de outros bancos

Hoje os bancos não ‘enxergam’ o relacionamento do cliente com outras instituições financeiras. Com o Open Banking, o cliente de outra instituição poderá compartilhar diretamente seus dados de cadastro, extratos e outras informações diretamente com outros bancos sem ter a necessidade de abrir uma conta, visitar a agência, ter histórico com a instituição. Tudo poderá ser feito online em poucos minutos pelo celular.

2- Mais oferta de serviços condizente com perfil

O Open Banking trará mais inteligência na oferta de produtos, pois atuará utilizando algoritmos e por isso, bancos e fintechs conseguirão entender melhor o que se aproxima das necessidades do consumidor. Isso permitirá uma oferta de serviços, pois todos poderão oferecê-los em diversas plataformas simultaneamente.

3- Mais chances de conseguir um empréstimo ou financiamento com juros e taxas acessíveis

O fundador e CEO do Guiabolso resume essa mudança citando um exemplo muito comum no dia a dia. “Uma vantagem que certamente será sentida rapidamente é que com a implementação do Open Banking ao solicitar empréstimo ou financiamento em uma instituição, o histórico do cliente estará disponível e, assim, ele poderá barganhar melhores taxas ou limites. A oferta de produtos também fará que todos tentem abarcar o cliente oferecendo mais parcelas, menos juros, descontos em antecipação, entre outras coisas”, finaliza Thiago Alvarez.