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Oi (OIBR3) - Vale a pena investir nas ações da Oi? Descubra

Ao ler este artigo você descobrirá tudo o que os grandes players do mercado já sabem sobre a OIBR3. Confira a história e perspectivas da Oi!

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A Oi (OIBR3) possui o título de maior operadora de telefonia fixa do Brasil. Além disso, é a quarta maior operadora de telefonia móvel nacional e a terceira maior empresa do setor de telecomunicações na América do Sul. Passa por um processo de recuperação judicial há seis anos, mas parece ter se reerguido graças à nova gestão.

Neste artigo, o Guia do Investidor trará informações relevantes para qualquer um que queira realmente conhecer a história, o desempenho e as perspectivas de futuro desta tão repercutida companhia. Sendo assim, ao final deste conteúdo, você estará alguns passos adiante, e terá descoberto o que os grandes players do mercado já sabem sobre a OIBR3. Confira!

Sobre a Oi (OIBR3)

Esta gigante no setor de telecomunicações está no mercado há 56 anos, e listada em bolsa há cerca de 40 anos no Nível 1 de governança, deixando a desejar neste sentido. Atua no serviço de telefonia fixa e móvel, banda larga, TV, transmissão de dados e provedor de internet.

A Telefônica Oi, no formato mais próximo da que conhecemos hoje, surgiu em 1998 com a privatização do sistema Telebras. Ao longo de quatro anos, a companhia foi consistente e promoveu bons resultados, de modo que cresceu e conquistou o mercado. Entretanto, alguns problemas começaram a aparecer ao passo em que a Oi promoveu aquisições e, para isto, se tornou altamente alavancada. Além disso, a partir deste momento, começou a frequentar os noticiários, não mais como a queridinha de seu segmento, mas pelos escândalos nos quais eventualmente era citada, inclusive nos processos da operação Lava-jato.

Nesse sentido, ao longo de 18 anos (entre 1998 e 2016), a Oi contou com 11 presidentes diferentes, o que justifica a falta de consistência nas operações da companhia. Neste período também foi palco de brigas entre os sócios e investidores, o que trouxe ao mercado a queda na confiança.

Em junho de 2016, a dona das ações OIBR3, já devendo R$ 65 bilhões, protocolou o pedido de recuperação judicial. Foram dois anos de espera, até que foi homologado em 2018.

Para o contentamento dos investidores, entre 2019 e 2020, Rodrigo Abreu assume o cargo principal da companhia, se tornando CEO. O executivo possui um currículo excelente, tendo contribuído como presidente de diversas companhias renomadas, tais como a TIM e Cisco.   

Em suma, o resultado da nova gestão é positivo. Ou seja, as dívidas foram reduzidas desde então, a companhia promove o desinvestimento ao se desfazer de ativos para focar naquilo que pode gerar bons frutos.

Resultados recentes

Já faz um bom tempo que a companhia Oi não apresenta resultados positivos. Entretanto, em novembro registrou uma geração de caixa R$ 71 milhões acima da marca anterior, ainda que siga com R$ 30 milhões negativos. Nesse sentido, é possível compreender que a companhia promove esforços em razão de sua melhoria.

Além disso, a empresa de telefonia atingiu uma marca recorde e desfruta de 2 milhões de clientes no segmento de banda larga por Fibra.  Este marco é significativo pois, durante o seu processo de recuperação judicial, a empresa busca focar nas áreas de maior potencial, como a Oi Fibra. Sendo assim, foram 1,3 milhão de acessos para este tipo de rede no ano de 2020, pela extensão de 134 cidades.

Desempenho

Ao longo dos dez últimos anos, a cotação das ações da Oi (OIBR3) passou por um relevante processo de queda, e saiu de R$ 360 em 2009, para R$ 0,90 em 2019. Entretanto, houve uma valorização de 152% nestes papéis apenas em 2020, na comparação ano a ano.

Confira o desempenho destas ações ao longo do ano de 2020:

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Fonte: Status Invest

Quando se trata da análise quantitativa, os indicadores da companhia não são favoráveis. A Oi registra um Preço sobre Lucro (P/L) negativo de -0,88, bem como o Retorno sobre o Patrimônio (ROE) está em -242%. No mais, não há distribuição de proventos desde 2013.

Observe as principais contas da Oi, e sua evolução desde 2015:

Captura de tela de 2020 12 27 16 03 11
Fonte: Fundamentei

Perspectivas de futuro

Em primeiro lugar, vale destacar que a boa gestão pode fazer toda diferença, inclusive para a forma como o mercado olha para uma companhia. Sendo assim, este é o caso da Oi (OIBR3), que apresentou, em 2020, uma liderança de qualidade com um bom planejamento e estratégias positivas.

Neste sentido, como resultado da gestão atual, por mais que tenha perdido market share para as companhias menores ao longo dos anos, em 2020 houve a diminuição desta perda. E as expectativas em geral são boas para 2021, que promete ser um ano promissor para a empresa que vem operando seu negócio com a finalidade de redirecionar seu foco para aquilo que faz de melhor e tem maior alcance, a fibra ótica

Além disso, a Oi segue arrecadando valores devido aos leilões realizados, sendo assim, o processo de reestruturação é longo, mas já tem sido efetivo.

A telefônica está cumprido seu papel em relação à recuperação judicial, assim como está diminuindo sua estrutura de forma estratégica, conforme a proposta apresentada no pedido de recuperação. Estas atitudes influenciam fortemente no preço de suas ações, que dispararam ao longo do ano.

Por fim, a maior preocupação em torno de uma instituição no processo de recuperação judicial é a possibilidade de falência, mas este não parece ser o destino da OIBR3. Acontece que a empresa está negociando a dívida e se desfazendo de bens em virtude do pagamento das obrigações, já muito menores do que registrado há seis anos.

O que os especialistas dizem da OIBR3?

Ágora

Os analistas da Ágora Investimentos destacam que a estratégia de priorização de investimentos da Oi tem dado certo, influenciando positivamente sua geração de caixa.

Acontece que para 2021, os esforços podem não surtir efeito, e a companhia pode ver suas margens pressionadas. De acordo com a Ágora, será preciso que a Oi retome seus níveis de investimento na relação de serviços móveis.

Sendo assim, a corretora mantém sua recomendação de compra para ações da Oi, com um preço-alvo de R$ 3,10 para 2021.

BTG Pactual

O BTG destacou, em seu relatório de análise, os avanços no segmento e disponibilização de fibra óptica por parte da Oi. Ou seja, neste sentido, o banco indica que já começa a gerar resultados. 

De acordo com os especialistas, pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2017, a receita de banda larga da Oi cresceu na relação trimestral. Ainda destacam que, sobre os avanços da telefônica, “isso é algo que deve continuar nos próximos trimestres”.

Sendo assim, o banco BTG Pactual mantém a sua recomendação de compra para estes papéis. O preço-alvo proposto é de R$ 2,80, com possibilidade de upside.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI, recentemente, atualizou sua perspectiva de preços-alvo para as empresas do setor de telecomunicações. Dessa forma, a Oi recebeu a recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 3,40, com uma pequena margem em potencial de valorização.

Banco Santander

O Banco Santander (SANB11) promoveu uma análise completa tanto da empresa quanto do momento pelo qual passa, e sua avaliação atiçou os investidores mais assíduos dos papéis OIBR3. Dessa forma, divulgou um relatório assinado por Maria Tereza Azevedo, que indica o movimento de pausa para o preço dos papéis da Oi por todo o ano de 2021. 

Nesse sentido, a analista diz que nada mais pode justificar um novo salto na cotação dessas ações OIBR3, como ocorreu durante 2020. Vale lembrar que entre janeiro e dezembro, a Oi teve um avanço em seus papéis de, aproximadamente, 160%.

Por fim, o Santander promoveu a indicação neutra para as ações da Oi. Mas o que mais chama a atenção é o preço-alvo, que deve somar R$ R$ 2,30 ao final do próximo ano. Ou seja, em outras palavras, estes papéis devem permanecer no mesmo patamar por 4 trimestres consecutivos.

Enfim, o GDI destaca que este artigo não figura recomendações de compra ou venda, possuindo apenas a função de auxiliar os investidores em seu processo de aprendizagem.