Onde investir em dezembro?

À medida que Dezembro de 2023 se desenrola, os investidores buscam estratégias e setores promissores para otimizar seus portfólios. Com base em análises recentes e tendências de mercado, especialmente no relatório mensal do BTG Pactual destaca algumas áreas e tipos de investimento que oferecem perspectivas interessantes para este período.

No cenário global, o mês de dezembro de 2023 se apresenta como um período de mudanças significativas. A recente alta nas taxas das treasuries americanas de 10 anos, alcançando níveis recordes desde 2007, influenciou negativamente índices como o S&P 500 e os de renda fixa global. Entretanto, essa volatilidade cria oportunidades únicas para investidores estratégicos. Uma área particularmente atrativa é a renda fixa dos EUA, especialmente para aqueles dispostos a adotar uma duration mais longa, em torno de 6,5 anos. Este movimento se alinha à expectativa de um debate intensificado sobre cortes de juros pelo FED, que pode influenciar positivamente as curvas de juros.

Cenário Brasileiro e Estratégias Recomendadas

No Brasil, a dinâmica fiscal e as expectativas macroeconômicas apresentam um quadro complexo, mas com oportunidades claras. A mudança na meta fiscal para 2024 suscitou preocupações, mas também abriu caminho para investimentos cuidadosamente selecionados. A renda fixa se destaca como uma escolha inteligente, especialmente em títulos prefixados com durations intermediárias (aproximadamente 3,5 anos) e em juros reais, utilizando uma abordagem barbell para maximizar retornos. O Real brasileiro, que demonstrou resiliência apesar da desaceleração econômica, sugere uma estabilidade nas taxas de juros de longo prazo.

Além disso, o mercado de ações brasileiro permanece atraente, com ênfase em uma carteira diversificada e menos volátil. O cenário é ideal para investidores que buscam aproveitar a atratividade dos múltiplos e a melhora na trajetória da inflação durante o ciclo de corte de juros.

Fundos Imobiliários e Mercado Internacional

Os fundos imobiliários, particularmente os de papel atrelados à inflação, surgem como uma alternativa inteligente para aqueles que buscam diversificar. Os fundos de CRI, em particular, oferecem boas oportunidades. No âmbito internacional, uma estratégia equilibrada entre renda fixa e renda variável parece prudente, com uma inclinação para bonds corporativos de alta qualidade e longa duração nos EUA, além de juros reais (TIPS) para a parte mais curta da carteira.

Estratégia de Alocação de Ativos:

• Renda Fixa: Com taxas atrativas para maior duration, a estratégia se concentra em prefixados com uma duration intermediária de 3,5 anos e em juros reais, adotando uma estratégia barbell (curto e longo prazo) para capturar retornos mais altos com menor volatilidade.
• Renda Variável: O relatório sugere uma abordagem diversificada e menos volátil, mantendo o overweight em ações brasileiras devido à atratividade dos múltiplos e à perspectiva de melhora na trajetória da inflação.
• Fundos Imobiliários: A preferência é por fundos de papel atrelados à inflação, com oportunidades identificadas nos fundos de CRI.
• Internacional: A recomendação é de over na renda fixa e under na renda variável, com foco em bonds corporativos high grade mais longos nos EUA e juros reais (TIPS) na parte curta.