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Para CEO do Inter, queda de 15% das ações foi "timing perfeito"

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O atual CEO do Banco Inter (INBR31), João Vitor Menin, afirmou que o timing para a estreia das ações da companhia na Nasdaq foi ótimo, mesmo em meio à derrocada dos papéis. Desde que estreou em Wall Street, as ações do Banco já perderam mais de 15% de valor de mercado.

O movimento segue o setor, com quedas generalizadas de companhias com forte viés tecnológico, em função do aperto monetário promovido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

O Inter havia tentando fazer a transferência para o mercado americano no fim do ano passado, mas acabou desistindo em dezembro, após muitos investidores terem optado por receber em dinheiro (“cash-out”) – e não em ações – em um momento de queda dos papéis. Se a operação tivesse sido realizada no início do ano, os valores desembolsados teriam sido maiores. O cash-out previsto alcançava R$ 2 bilhões, quase o dobro do e a remuneração por unit sairia a R$ 45,84 ante o valor final atualizado de R$ 19,59.

“Eu sou otimista, gosto de ver o copo meio cheio. Acho que foi um excelente timing. Estando aqui nos Estados Unidos, fica muito mais fácil trazer uma base de acionistas de longo prazo do que há seis meses, quando o preço era mais caro e tinha que investir no Brasil. Agora tem um ponto de entrada interessante e a companhia não piorou [apesar da queda das ações], ela continua o que era antes”, disse em entrevista do Valor.

A Inter&Co – nova holding que controla o banco Inter e a fintech americana USend – estreou ontem na Nasdaq com a negociação de suas ações ordinárias de Class A. Além disso, há BDRs negociados na B3 .

“A listagem na Nasdaq marca mais um grande capítulo da nossa história.

Ter nossas ações listadas na Nasdaq fortalece nosso posicionamento como uma empresa de tecnologia global, além de nos dar acesso ao mercado de capitais mais maduro do mundo”, comentou Menin. Segundo ele, “ao longo dos últimos anos o Inter se transformou em um app bastante completo, com quase 20 milhões de clientes”.

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