- A Aliansce segue decidida a “juntar’ forças com a BR Malls;
- Após proposta de fusão, a companhia iniciou processo para ganhar “capital votante”;
- Assim, a intenção é criar “coro” para aprovação de futura M&A.
A Aliansce Sonae (ALSC3) parece estar fazendo progresso na construção de uma coalizão de investidores que aprove sua proposta de fusão com a BR Malls. Na sexta-feira, depois do fechamento, a Aliansce comunicou à BR Malls que já comprou mais de 5% do capital da empresa na Bolsa.
Esta é a primeira vez que a Aliansce declara uma posição na BR Malls. As compras começaram logo que a proposta de fusão se tornou pública.
As movimentações
No final de janeiro, o CPP Investments, que é acionista da Aliansce, havia anunciado uma posição de 5,7% – mas aquela posição consolidada já incluía quase 4% que a própria Aliansce havia comprado diretamente, e não especificava o que pertencia a quem.
Assim, em uma tentativa de liquidar a fatura, a Aliansce Sonae aumentou sua oferta pela BR Malls e pretende levar a decisão sobre a fusão direto à assembleia de acionistas.
Desse modo, nos novos termos, a Aliansce está aumentando a fatia em cash em R$ 500 milhões para R$ 1,85 bilhão e deixando 51,08% da empresa combinada nas mãos dos acionistas da BR Malls – comparado a 50% antes. Os novos termos representam um aumento de 10,9% sobre oferta anterior e um prêmio de 16% sobre o valor da ação da BR Malls antes da primeira oferta se tornar pública.
Segundo uma pessoa próxima à Aliansce Sonae, as gestoras SPX, Truxt e Oceana estão alinhadas com os novos termos e pretendem votar a favor da fusão. A fusão criaria um gigante do setor com 69 shoppings e R$ 38,5 bilhões em vendas de lojistas – mais que o dobro das vendas da Multiplan ou da Iguatemi, os próximos colocados no ranking.