O apoio financeiro servirá para a expansão da plataforma de compra e fortalecimento da infraestrutura de logística.
Na terça-feira, 12, o Mercado Livre (MELI), anunciou que oferecerá ações ordinárias ao Paypal (PYPL). Assim o grupo norte-americano de pagamentos on-line aplicará US$ 750 milhões como investimento.
Por consequência, US$ 150 milhões serão entregues como opção de compra aos acionistas, dentro de 30 dias. Ou seja, além do capital aplicado pelo banco, o grupo argentino de comércio eletrônico receberá US$ 100 milhões em ações preferenciais perpétuas. Então negociadas pela Dragoneer Investment Group.
“Nos últimos 20 anos, temos investido fortemente no desenvolvimento do ecossistema de e-commerce. Além do fintech mais importante da América Latina”, informa Marcos Galperin, CEO do Mercado Livre.
O empresário reforça que a companhia estima a posição de topo no comércio eletrônico. Assim pretende através da aliança com a líder global, proporcionar determinada inclusão financeira à América Latina.
O Mercado Livre declarou ainda que, no ano passado, contratos da companhia avançaram 70%. Tais ações movimentaram, portanto, US$ 389 milhões em operação e totalizou US$ 18 bilhões em volume. Vale ressaltar que a oferta pública é assegurada pela Goldman Sanchs, J.P. Morgan e Morgan Stanley.
Na opinião de Dan Schulman, CEO da Paypal, o Mercado Livre está preparado para se manter em ascensão. “Vemos ótimas oportunidades de integrar nossos respectivos recursos. Com isso, criar experiências de pagamento únicas e valiosas para nossos 500 milhões de clientes. Seja em toda a região ou em todo o mundo”, finaliza.
Visão dos analistas
Segundo especialistas do Bradesco BBI (BBDC4), a parceria entre ambos os grupos permitirão fundos para despertar o mercado de pagamento, em especial no Brasil.
“Nosso time vê isso como um claro aumento na pressão competitiva em cima da PagSeguro (PAGS). Empresa na qual já apontou o Mercado Livre como uma fonte potencial de competição”, afirmam os analistas.