- O cenário não é dos melhores no mercado de capitais devido à crise das bolsas globais;
- No entanto, as quedas estão criando boas oportunidades no mercado.
O sentimento do mercado é tão ruim que o pessimismo entre os gestores dos EUA já é maior do que em outubro de 2008 – um mês após o colapso do Lehman Brothers e o olho do furacão, uma das piores crises financeiras da história.
Foi o que mostrou uma pesquisa do Bank of America, com 293 gerentes gerenciando mais de US$ 800 bilhões em ativos.
Os investidores esperam o pior para cada questão: do crescimento econômico aos lucros corporativos, da inflação aos mercados de crédito.
A rodada de julho da pesquisa global de gestores de fundos realizada mensalmente desde 1995 mostrou que 79% dos gestores de fundos acreditam que a economia piorará nos próximos 12 meses, alta de 5 pontos percentuais em relação a junho e o pior nível desde o início do ano. Série histórica A. Ao mesmo tempo, 90% dos entrevistados acreditam que a inflação começará a cair, mas o cenário de estagflação (baixo crescimento e preços altos) persistirá por muito tempo.
Mais da metade dos gestores (58%) disseram estar tomando níveis de risco “menores que o normal” – outro recorde histórico da pesquisa.
Refletindo sobre o “L” do P/L, mais de 70% dos gestores acham que o lucro das empresas vai se deteriorar nos próximos meses, uma fatia maior do que na crise de 2008 e que no auge da covid.
O resultado desse pessimismo tem se refletido na alocação dos gestores: a exposição a ações caiu ao menor nível desde 2008, e a fatia alocada em caixa subiu para 6,1%, o maior nível desde outubro de 2001. Mas o que comprar nesse cenário?
A maioria dos gerentes disse que preferiria ficar em “cash”, investimentos alternativos, commodities e imóveis. A boa notícia: o sentimento é tão ruim que o Bank of America disse que espera “uma recuperação nas ações/títulos nas próximas semanas.