Essa alta abre espaço para a estatal reduzir o preço do combustível no mercado interno.
Na sexta-feira (23), a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), informou que, a queda do câmbio e o preço do petróleo é US$ 80 por barril e acabou mantendo esta semana o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras (PETR4) acima do preço internacional.
Segundo informações, essa alta abre espaço para a estatal reduzir o preço do combustível no mercado interno, além de criar oportunidades para os importadores.
O preço interno dos derivados vem sendo contido pela alta volatilidade do preço do petróleo e dos derivados no mercado internacional. Devido a previsões menos otimistas para a demanda pela commodity, o preço do Brent registra queda de cerca de 3% no mês e resiste a avançar além dos US$ 80 por barril.
Pelos cálculos da Abicom, para atingir a paridade com o mercado internacional, poderia haver uma alta na gasolina de R$ 0,04 por litro. O último reajuste feito pela Petrobras no combustível foi em 9 de julho, com uma redução de R$ 0,20 por litro.
Produção nacional de petróleo cresce 3,9% em maio
Em maio deste ano, houve aumento na produção de petróleo e na de gás natural, e também na produção do pré-sal. A produção total (petróleo + gás natural) foi de 4,234 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,318 milhões de barris por dia (bbl/d), um crescimento de 3,9% na comparação com o mês anterior e de 3,6% em relação ao mesmo mês de 2023.
Os dados constam do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de maio de 2024 que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgou nesta terça-feira (2), no Rio de Janeiro.
A produção de gás natural em maio foi de 145,63 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Houve alta de 6,6% frente a abril de 2024 e de 0,8% na comparação com maio de 2023.
Pré-sal
A produção total (petróleo + gás natural) no pré-sal, em maio, foi de 3,314 milhões de boe/d e correspondeu a 78,3% da produção brasileira.
Esse número representa alta de 5% em relação ao mês anterior e de 3,7% na comparação com o mesmo mês de 2023. Foram produzidos 2,599 milhões de bbl/d de petróleo e 113,73 milhões de m³/d de gás natural por meio de 145 poços.
Gás natural
Em maio, o aproveitamento de gás natural foi de 97,6%. Foram disponibilizados ao mercado 46,75 milhões de m³/d e a queima foi de 3,55 milhões de m³/d. Houve queda de 9,5% na queima em relação a abril e de 14,2% na comparação com maio de 2023.
Origem da produção
Os campos marítimos produziram, em maio, 97,5% do petróleo e 86,2% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 88,88% do total produzido. A produção teve origem em 6.549 poços, sendo 504 marítimos e 6.045 terrestres.
O boletim mensal também informa que, em maio, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 755,46 mil bbl/d de petróleo e 37,01 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, com 179.546 bbl/d de petróleo e 11,68 milhões de m³/d de gás.