Alguns do principais nomes do setor de petróleo brasileiro estão se unindo para “competir” com a Petrobras.
A PetroRecôncavo (RECV3) e a Eneva (ENEV3) se uniram para fazer uma oferta conjunta pelo Polo Bahia-Terra, da Petrobras, que está sendo relicitado hoje. Bahia-Terra é um conjunto de dezenas de campos terrestres na região do Recôncavo Baiano. Portanto, traz consigo toda a infraestrutura de midstream, como dutos, uma UPGN e um parque de tanques, conectados ao terminal portuário de Madre de Deus e à Refinaria Landulfo Alves (RLAM).
Assim, a parceria permitirá à Eneva aplicar sua expertise na exploração da reserva de gás associada ao campo. Esta, estimada hoje em 7 bilhões de metros cúbicos – uma reserva na mesma escala do campo de Azulão. O que, segundo fontes do setor, permitiria à Eneva construir duas pequenas termelétricas, com capacidade somada de 460 MW.
Além disso, todas as demais operações já foram transferidas para operadores privados. Neste processo, a PetroRecôncavo comprou os polos Riacho da Forquilha, Remanso e Miranga; a 3R comprou ativos no Rio Grande do Norte e na Bahia; e a Origem Energia comprou o Polo Alagoas. Os campos maduros da Petrobras no Nordeste e na Bacia de Campos – que chegaram a produzir 100 mil boe/dia cinco anos atrás – sofreram um declínio agudo nos últimos anos. Isto é, com a Petrobras focando em seus ativos de classe mundial, os campos do pré-sal.
Ademais, em comunicado, a Petrobras confirmou o recebimento das propostas nesta data.
No entanto, segundo as companhias, a efetivação do negócio está sujeita à aceitação da oferta pela Petrobras, celebração de contrato e demais aprovações regulatórias competentes, como do órgão antitruste Cade e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), dentre outros fatores. O valor da oferta não foi revelado.