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Petroreconcavo e Eneva poderão se fundir

Eneva e PetroReconcavo avaliam fusão em movimento estratégico para ampliar acesso a ativos de gás

Foto/Reprodução
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  • Negociações de Fusão Ativas: Eneva e PetroReconcavo discutem uma possível fusão, focando na troca de ações, sem um modelo de transação definido ainda.
  • Interesse Específico da Eneva: A principal motivação da Eneva é acessar os ativos de gás da PetroReconcavo, que possui um valor de mercado de R$ 6 bilhões, enquanto a Eneva está avaliada em R$ 19,4 bilhões.
  • Histórico de Negociações: Ambas as empresas tiveram negociações anteriores com outros parceiros que não prosperaram, levando a uma reavaliação de estratégias e possíveis novos acordos.
  • Contexto de Mercado: A movimentação segue após avanços nas negociações entre Enauta e 3R, incentivando outras empresas do setor a explorarem negociações.
  • Estratégia Financeira da Eneva: Apesar do alto endividamento, a Eneva planeja expansão via fusões e aquisições e considera um aumento de capital para financiar a compra das usinas térmicas da Eletrobras, com suporte de grandes investidores.
  • Impacto no Setor: A conclusão da fusão pode redefinir o mercado de energia e óleo e gás no Brasil, alterando a dinâmica competitiva e potencialmente afetando preços e oferta de energia.

O mercado de energia e óleo e gás no Brasil passa por um movimento intenso de negociações para fusões e aquisições, com Eneva e PetroReconcavo emergindo como protagonistas em conversas recentes sobre uma possível unificação de operações. Segundo informações do jornal Valor Econômico, a Eneva, cujo valor de mercado atinge R$ 19,4 bilhões, mostra interesse especial nos ativos de gás da PetroReconcavo, avaliada em R$ 6 bilhões.

Fontes familiarizadas com o assunto indicam que a transação mais provável entre as duas companhias envolveria uma troca de ações, embora ainda não exista um modelo definido para a operação. A negociação surge no contexto de uma série de discussões fracassadas no setor, incluindo as tentativas da Eneva com a Vibra e da PetroReconcavo com a 3R, que não avançaram por falta de benefícios mútuos nas propostas de troca de ações.

Enquanto isso, após falhas nas negociações iniciais, o interesse renovado das empresas sugere uma reavaliação das estratégias no setor. “Depois que as conversas entre Enauta e 3R avançaram, isso parece ter incentivado outras companhias a explorarem novas possibilidades de negociação”, comenta uma fonte ligada ao setor.

A Eneva, apesar de seu alto nível de endividamento, continua buscando expandir suas operações por meio de fusões e aquisições. A empresa também participa do processo de aquisição de usinas térmicas da Eletrobras, um negócio que está estimado em cerca de R$ 8 bilhões. Para financiar parte desse e outros projetos, a Eneva considera realizar uma chamada de aumento de capital, contando com o suporte financeiro de investidores como BTG e BW, ligados à família Moreira Salles.

Tanto Eneva quanto PetroReconcavo preferiram não comentar sobre as negociações em andamento. O desenrolar dessas conversas poderá desencadear uma reconfiguração significativa no mercado de energia brasileiro, impactando a dinâmica competitiva e potencialmente influenciando os preços e a oferta de energia no país.