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Preço dos itens da Páscoa sobem menos que a inflação, aponta FGV

Os itens de mesa da Páscoa registraram aumento médio de 3,93%, em comparação com o ano passado. A taxa ficou bem abaixo da inflação acumulada entre abril de 2021 e março deste ano pelo IPC-M da FGV, que foi de 9,18%. Saiba mais.

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Os itens de mesa da Páscoa registraram aumento médio de 3,93%, em comparação com o ano passado. A taxa ficou bem abaixo da inflação acumulada entre abril de 2021 e março deste ano pelo IPC-M da FGV, que foi de 9,18%.

A pesquisa foi divulgada pelo Instituto Brasileiro da Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) e mostra que os itens mais tradicionais do almoço de Páscoa tiveram forte desaceleração em relação ao ano passado, quando a mesma cesta registrava aumento superior a 25%.

Entre os que mais subiram, destacam-se os relacionados a hortifruti, proteínas e importados: couve (21,50%), batata-inglesa (18,43%), sardinha em conserva (16,44%), azeite (15,63%), azeitona em conserva (14,38%) e bacalhau (11,50%).

O destaque positivo é a variação do arroz, que recuou 12,20% seu preço em relação ao ano passado e foi o principal responsável pela desaceleração da cesta como um todo: retirando apenas o arroz da cesta, a inflação dos itens de Páscoa seria de 9,79%, ligeiramente acima da inflação registrada no IPC.

Em 2020/21, vivíamos uma tempestade perfeita para essa cesta especificamente, problemas climáticos e forte desvalorização cambial afetavam tanto a produção nacional do campo como os importados. No entanto, o novo problema de monções em 2022 e o fim da seca generalizada fizeram os hortifrutis assumir o protagonismo da inflação e permitiram ao arroz devolver boa parte do aumento sofrido no ano anterior”, comenta Matheus Peçanha, economista e pesquisador do FGV IBRE.

O economista destacou, inclusive, que o consumidor deve ficar atento em relação aos preços praticados nos próximos dias.

A pesquisa não mostra, em definitivo, a elevação dos itens de Páscoa que o consumidor vai encontrar. Só medimos o que aconteceu com os preços dessa cesta específica nos últimos 12 meses, até março deste ano. Além do aumento já registrado de 8,33% do pescado fresco e 9,89% dos ovos, os preços desses itens tradicionais pode subir mais ainda, dada a pressão sazonal da demanda às vésperas da Semana Santa. Além disso, itens não contemplados no escopo do IPC, como os ovos e colombas de Páscoa, devem sofrer igualmente com essa pressão de demanda pela tradição”, acrescentou Peçanha.

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