Pregão até as 22hrs? B3 estuda novo horário de negociação

A B3, bolsa de valores brasileira, está se preparando para introduzir uma importante mudança em seu horário de operações. A partir do final deste ano, entre os terceiros e quartos trimestres, a B3 planeja estender o horário de negociação do contrato futuro do Ibovespa. Além disso, se a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) der o aval, um contrato futuro de bitcoin também poderá ser implementado.

Esta novidade foi anunciada pelo presidente-executivo da B3, Gilson Finkelsztain, durante uma entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (18). De acordo com Finkelsztain, a iniciativa de ampliar o horário de negociação vem em resposta às demandas das corretoras de varejo, sinalizando um crescente interesse do mercado em horários de operação mais flexíveis.

Na proposta inicial, as negociações dos contratos futuros do Ibovespa começariam às 6h ou 7h da manhã e se estenderiam até as 21h ou 22h. Atualmente, o horário regular para essas operações é das 9h às 18h25. Esta ampliação no horário de negociação representa uma adaptação significativa aos padrões atuais e pode oferecer mais oportunidades para investidores operarem no mercado brasileiro.

Além da expansão do horário de negociação do Ibovespa, a B3 também estuda a possibilidade de incluir um contrato futuro de bitcoin, dependendo da aprovação da CVM. Esta potencial inclusão reflete o interesse crescente nas criptomoedas e seu reconhecimento como ativos relevantes no mercado financeiro.

Outro ponto destacado por Finkelsztain foi a demanda por horários de negociação estendidos para outros ativos, como o dólar futuro. No entanto, ele mencionou que, devido a custos para determinados participantes do mercado, não haverá mudanças nos horários de outros produtos, pelo menos em uma primeira fase.

Durante a entrevista, o presidente da B3 também abordou questões relacionadas à política econômica do governo. Ele enfatizou a importância do compromisso fiscal, da continuidade da agenda de reformas e da necessidade de evitar a criação de “ruídos desnecessários” que possam gerar volatilidade no mercado. Finkelsztain aconselhou que o governo deve evitar excessos de criatividade que possam levar a instabilidades no cenário econômico.