A fabricante de relógios Technos (TECN3) reportou prejuízo atribuído aos controladores de R$ 5,1 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), um avanço de 26% em relação ao prejuízo registrado em igual período de 2021.
O resultado, apontou a companhia, teve impacto negativo da variação cambial sobre o hedge (proteção) contratado e também por efeitos de sazonalidade de vendas.
Já teve um forte avanço de 583,1% na base anual, indo para R$ 8,6 milhões. A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 13,8%, um avanço de 10,9 pontos percentuais (p.p.).
O volume de venda de relógios registrou avanço de 40%, para 388 mil unidades, com preço médio de R$ 182, um avanço de 4,7% na comparação anual. O número foi beneficiado pela recomposição dos níveis de estoque e também pelo ganho de participação de mercado na categoria de relógios tradicionais e expansão de mercado na categoria de smartwatches, informou a companhia.
Depois de quase dois anos melhorando a rentabilidade do negócio, a Technos está começando a pisar no acelerador das vendas e a ganhar share pela primeira vez nos últimos anos
A fabricante de relógios dona de marcas como Technos, Mormaii e Dumont viu sua receita líquida crescer 43% no primeiro trimestre, em comparação a uma alta de 39% no mercado de relógios tradicionais (excluindo os smartwatches). A Technos fez uma receita líquida de R$ 62 milhões eo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 8,2 milhões — 6x mais que no primeiro tri do ano passado. A margem bruta também teve um avanço significativo no período, ganhando 2,4 pontos percentuais para 51,3%. O CEO Joaquim Ribeiro disse ao Brazil Journal que o avanço da margem é fruto de dois trabalhos que a empresa fez nos últimos anos.
O primeiro foi na frente de produtos. A Technos reduziu as vendas promocionais e renegociou contratos com fornecedores, reduzindo os custos de fabricação ao mesmo tempo em que focava em produtos mais premium, que têm margem maior. A segunda frente foi a redução do SG&A. Durante a pandemia, a Technos cortou 40% de seu quadro de funcionários e manteve essa estrutura mesmo com a retomada.
“Agora, estamos voltando a vender em patamares iguais aos de antes da pandemia, mas com uma estrutura muito mais enxuta, eficiente e ágil,” disse o CEO ao BrazilJournal.