Na última quarta-feira, 16, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil será a “maior fronteira” de investimentos em 2021, com as privatizações “vindo com força”.
Além disso, Paulo Guedes citou o relatório da OCDE, que afirma que o Brasil está comprometido com a sustentabilidade fiscal. E também, é claro, com o crescimento da produtividade e políticas de qualificação e educação, devido às mudanças no mercado de trabalho.
Entretanto, ainda assim, o cenário fiscal é preocupante. De acordo com a OCDE, a relação dívida/PIB pode ficar “ligeiramente acima de 100% em 2026”. Ademais, aponta a necessidade de melhorias na regulação do setor privado, “que prejudica a concorrência e pesa no empreendedorismo”.
E o Correios, privatiza?
O modelo principal para a privatização dos Correios seria a divisão em blocos regionais. Todavia, há também a opção de transformar a estatal em uma sociedade de economia mista e ofertar suas ações na B3 (B3SA3). Além disso, há a opção de “desverticalizar” os serviços da empresa e concedê-los separadamente à iniciativa privada.
Tal decisão fica para 2021, como conta o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.
Dessa forma – falando do principal modelo de privatização – os serviços seriam divididos por regiões do país. Assim sendo, resolveria a exigência de manter a universalidade do serviço postal.
Porém, a Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap) é contra a privatização dos Correios. E mais, afirma que o modelo principal não tem precedente nas privatizações do setor postal, e que causaria “caos logístico”.
“A ideia de território postal único num país é a prática dominante, inclusive nos poucos países em que os Correios foram privatizados. Ou seja, cogita-se de uma aventura sem precedentes, sem referências, que só pode levar os brasileiros a terem gravíssimos problemas de atendimento no serviço postal”
disse a associação em nota.