Notícias

Produção industrial brasileira registra queda de 0,5%

Nesta quarta-feira (05), o IBGE informou que a produção industrial teve um recuo de 0,5% no mês de abril, um resultado mais fraco do que a expectativa.

Foto/Reprodução
Foto/Reprodução

De acordo com o IBGE a produção industrial brasileira registrou queda de 0,5% em abril.

Nesta quarta-feira (05), o IBGE informou que a produção industrial teve um recuo de 0,5% no mês de abril, um resultado mais fraco do que a expectativa.

Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, a produção registrou uma alta de 8,4%, contra expectativa de 8,3% e a queda no mês de abril veio mais forte que da taxa esperada pelo consenso LSEG de analistas, que previa retração de 0,4% ante março.

Algumas contribuições negativas relevantes vieram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).

De acordo com informações, esse resultado deixa o setor ainda 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 16,8% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011.

Apesar da taxa da indústria geral estar no campo negativo, há uma predominância de resultados positivos, com três das quatro categorias econômicas e 18 dos de 25 ramos industriais mostrando expansão na produção.

O gerente da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo, detalha que o recuo do setor extrativo espelhou a queda na produção tanto do minério de ferro como do petróleo. Esse setor e o de alimentos, que também caiu, representam cerca de 30% da estrutura industrial.

“O acumulado do ano, para além de se situar no campo positivo, mostra uma aceleração do movimento de crescimento que se dá de forma generalizada: bens de capital associado a investimentos crescendo; bens de consumo avançando; bens intermediários, que concentram a matéria prima, mostrando taxa positiva,” disse Macedo.

Setor automotivo em alta

De acordo com o gerente da pesquisa, há uma melhora na produção recente de automóveis, caminhões, autopeças e ônibus. E esse movimento está relacionado ao mercado doméstico, influenciado pelo comportamento positivo do mercado de trabalho, redução da taxa de juros e queda da inadimplência.

“São fatores importantes e que devem ser considerados para entendermos o maior dinamismo na produção do setor de veículos automotores nos últimos meses. Mas vale ressaltar que o setor ainda está abaixo do patamar pré-pandemia”, ponderou Macedo em nota.