- A Raízen registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 178 milhões
- O prejuízo líquido não ajustado foi de R$ 879 milhões
- A receita líquida da Raízen, portanto, apresentou uma queda de 2,3% em base anual
No quarto trimestre do ano-fiscal 2023/24, a Raízen (RAIZ4) registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 178 milhões. Revertendo o lucro de R$ 2,52 bilhões do mesmo período na safra anterior. O prejuízo líquido não ajustado, portanto, foi de R$ 879 milhões, comparado ao lucro de R$ 2,663 bilhões do mesmo intervalo em 2022/2023.
A receita líquida da Raízen apresentou uma queda de 2,3% em base anual. Passando de R$ 54,967 bilhões de janeiro a março de 2023 para R$ 53,685 bilhões no mesmo período de 2024.
Quanto ao resultado operacional, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), registrou R$ 3,686 bilhões, representando uma redução de 37,7% em relação aos R$ 5,913 bilhões do mesmo trimestre do ano anterior, contudo, em valores ajustados.
No final do trimestre, a alavancagem atingiu 1,3 vez a relação entre dívida líquida e Ebitda dos últimos 12 meses, mantendo-se estável em comparação com o quarto trimestre do exercício de 2022/2023. O capex do trimestre totalizou R$ 4,961 bilhões, representando um aumento de 19,9% em relação aos R$ 4,138 bilhões de 2022/23.
Resultados
No acumulado do ano fiscal, a Raízen apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 1,284 bilhão, refletindo uma queda de 66,8% em comparação com o ganho de R$ 3,865 bilhões no ano anterior. A receita líquida também registrou uma redução de 10,3% em base anual, contudo, passando de R$ 245,83 bilhões para R$ 220,454 bilhões.
Em relação ao Ebitda ajustado, houve, no entanto, um valor positivo de R$ 14,608 bilhões, uma queda de 4,4% em relação aos R$ 15,285 bilhões do ano anterior. O capex totalizou, contudo, R$ 12,076 bilhões no ciclo, representando um aumento de 13,3% em relação aos R$ 10,657 bilhões de 2022/23.
Raizen divulgou em abril sua prévia operacional
Os resultados preliminares mostram que a companhia encerrou a safra 202324 com moagem recorde de cana-de-açúcar, de 84,2 milhões de toneladas.
Na terça-feira (23), a Raízen, empresa brasileira de energia com atuação em açúcar e etanol, divulgou a prévia operacional do quarto trimestre de 2023/24.
Os resultados relataram que a companhia encerrou a safra 2023/24 com sua moagem recorde de cana-de-açúcar, em 84,2 milhões de toneladas. Uma alta de 15% na comparação anual. Além disso, a empresa registrou uma queda em sua produtividade agrícola, com ATR (Açúcar Total Recuperável) de 110 kg/ton e 131 kg/ton na comparação anual e trimestral, para 107 kg/ton no 4T/23’24, refletindo o mix de cana de fim de safra.
A produção de etanol da segunda geração (E2G) teve um total de 10,8 mil m3 no quarto trimestre de 2023/24, de 4,9 mil m3 e 8,9 mil m3 no mesmo intervalo de 2022’23 e no terceiro trimestre da mesma safra. Já no segmento de mobilidade, a empresa reportou uma estimativa de volume comercializado no Brasil. No quarto trimestre de 2023/24, o volume de 6,550-6,700 milhões de m3 ficou abaixo. Em comparação, aos 6,637 milhões do ano anterior e dos 7,132 milhões do trimestre anterior.
A empresa destacou no relatório que mantém rentabilidade estável, com foco na base de clientes e gestão eficiente de suprimentos.