A região Sul do Brasil registrou 49 operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano. O resultado indica uma queda de 59,7% na comparação com o mesmo período anterior, quando foram realizadas 82 transações. O número de operações nos três estados do Sul corresponde a 8,9% das 553 transações realizadas entre janeiro e março de 2022 em todo o país. São Paulo lidera nacionalmente, com 381 transações, atingindo sozinho 69% do total nacional.
Os dados constam na pesquisa da KPMG realizada trimestralmente sobre fusões e aquisições. Segundo o relatório, foram realizadas neste trimestre 20 operações em Santa Catarina, 15 no Rio Grande do Sul e 14 no Paraná de janeiro a março deste ano.
“Se, no ano passado, o protagonismo paranaense era evidente, o que se percebe agora é que as operações de fusões e aquisições estão mais distribuídas entre os estados da região Sul. Ainda que nestes primeiros meses tenha havido uma queda no número de transações, a expectativa é de fortalecimento da economia e dos negócios na região ao longo do ano, alinhada com o crescimento nacional”
afirma João Panceri, sócio de Mercados Regionais da KPMG no Brasil.
Desempenho nacional registrou aumento
A pesquisa da KPMG, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira, também revelou que o número de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano aumentou quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2022 foram 553, contra 375 negociadas em 2021.
Em todo o ano passado, foram realizadas 1.963 operações.
“A pesquisa mostra que os processos de fusões e aquisições de empresas brasileiras continuam bastante aquecidos tanto para transações domésticas como para transações de empresas estrangeiras fazendo aquisições no Brasil. Esses números são bastante animadores para o ano apesar dos desafios que ainda se apresentam no contexto econômico local e internacional”
analisa o sócio da KPMG, Luis Motta.
Sobre os setores que mais fizeram transações, empresas de internet continuam liderando com 242, seguidas por tecnologia da informação com 83, e prestadoras de serviços com 35. Outros segmentos que se destacaram foram instituições financeiras com 26, telecomunicação e mídia com 20, educação com 19, hospitais e clínicas com 16, seguros com 13, e transporte com 12.